Economia

Petróleo mais barato favorece contas do Brasil

Na última semana, a cotação do petróleo do tipo Brent, referência internacional de preços, caiu abaixo dos US$ 100 pela primeira vez em 16 meses


	Exploração de petróleo: a Petrobras estima uma alta de 7,5% de sua produção de óleo bruto e gás neste ano
 (Getty Images)

Exploração de petróleo: a Petrobras estima uma alta de 7,5% de sua produção de óleo bruto e gás neste ano (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2014 às 10h06.

Rio - O principal alento para a balança comercial brasileira este ano vem do comércio de petróleo, vilão do comércio exterior nos últimos anos. O preço do barril vem cedendo, ancorado na maior oferta e na retração da demanda global. A tendência é de uma melhora no déficit comercial da chamada conta-petróleo.

Na última semana, a cotação do petróleo do tipo Brent, referência internacional de preços, caiu abaixo dos US$ 100 pela primeira vez em 16 meses. Até aqui nem os conflitos próximos a regiões produtoras como Iraque, Ucrânia e Líbia ajudaram a cotação do barril a reagir.

Para o Brasil, o ciclo de baixa é positivo porque historicamente o País têm registrado déficit na balança do produto e seus derivados, com o valor das importações ultrapassando o das exportações e pressionando o balanço da Petrobras.

A estatal vem sofrendo com a defasagem de preços dos derivados no mercado doméstico ante o preço de importação. Além do arrefecimento do preço, o País está exportando mais petróleo. A Petrobras estima uma alta de 7,5% de sua produção de óleo bruto e gás neste ano.

Até agosto o déficit acumulado na balança do petróleo e combustíveis foi de US$ 12,9 bilhões, 30,8% menor que o de igual período de 2013. O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, calcula que a conta do petróleo feche em um vermelho mais suave: US$ 15,8 bilhões, ante US$ 23,7 bilhões no ano passado.

"Este ano o superávit será ajudado pela queda no valor da importação e o aumento da quantidade de petróleo produzida e exportada, um efeito que não vai se repetir em 2015", diz Castro. Em julho, a AEB reduziu sua previsão para o saldo comercial total brasileiro no ano em 75,2%, para apenas US$ 635 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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