Economia

Petroleiras vão ao STF contra mais tributos no Rio

Duas leis que criaram os tributos foram sancionadas em 30 de dezembro, causando forte reação da indústria petroleira


	Petróleo: a taxa será cobrada por barril de óleo e gás extraído
 (thinkstock)

Petróleo: a taxa será cobrada por barril de óleo e gás extraído (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 11h15.

Rio de Janeiro - A Associação Brasileira de Exploração e Produção de Petróleo (Abep) informou nesta segunda-feira que entrará com duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra dois novos tributos sancionados pelo Estado do Rio de Janeiro, que devem entrar em vigor em março.

Duas leis que criaram os tributos foram sancionadas em 30 de dezembro, causando forte reação da indústria petroleira, pois podem acentuar a crise sofrida pelo setor, em meio aos baixos preços do petróleo e às dificuldades financeiras da Petrobras.

Diante de uma queda expressiva na arrecadação, na esteira dos baixos preços dos petróleo, o Rio criou uma taxa de controle, monitoramento e fiscalização para tentar compensar a queda nos royalties.

A taxa será cobrada por barril de óleo e gás extraído. Já em outra lei o Estado instituiu a incidência de ICMS sobre a extração de óleo e gás.

Somente a taxa de controle, monitoramento e fiscalização pode ter impacto de cerca de 1,8 bilhão de reais por ano para as petroleiras, segundo cálculo do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), que representa diversas empresas da indústria de petróleo no Brasil e trabalha em cooperação com a Abep.

O Estado do Rio de Janeiro é o maior produtor de petróleo do país.

As ações serão movidas pelo escritório Sacha Calmon. "A iniciativa da cobrança adicional, que não foi ainda regulamentada por parte do Estado do Rio de Janeiro, é inconstitucional, gera insegurança jurídica e abre espaço para corte de investimentos futuros e abandono de projetos já em curso", afirmou a Abep, instituição de natureza jurídica independente que representa empresas que produzem 90 por cento de todo o petróleo do país.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEnergiaMetrópoles globaisPetróleoRio de JaneiroSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo