Petrobras: as empresas foram divididas em quatro níveis, sendo que as de nível 4 tiveram notas de 0 a 2,59 (Paulo Whitaker/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de novembro de 2017 às 14h33.
Última atualização em 10 de novembro de 2017 às 14h33.
Brasília - A Petrobras e o Banco do Brasil receberam nota 10 no novo índice de governança das estatais, o IG-Sest, criado pelo governo do presidente Michel Temer para avaliar um universo de 48 empresas, cuja média geral foi 4, divulgou nesta sexta-feira o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
A Eletrobras, que deve ser privatizada pelo governo, ficou com nota 8, bem como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Caixa Econômica Federal obteve cerca de 7,5, segundo Oliveira. Todas elas integraram o nível 1 de governança.
Para o indicador, foram levados em conta dados de agosto a outubro em três dimensões: gestão, controle e auditoria; transparência das informações e, finalmente, conselhos, comitês e diretoria.
Ao ser questionado sobre os vultosos desvios de recursos da Petrobras investigados no âmbito da Lava Jato, o ministro pontuou que foram consideradas para a nota as melhorias já implementadas na companhia.
"Aquela Petrobras que teve todos aqueles escândalos não tiraria nota 10. Essa nova Petrobras... que melhora o resultado, que tem transparência e que enfrenta com diligência todo o relacionamento com os órgãos de controle merece nota 10", afirmou ele a jornalistas.
As empresas foram divididas em quatro níveis, sendo que as de nível 4 tiveram notas de 0 a 2,59. De acordo com Oliveira, nenhuma companhia tirou zero. Integram esse grupo a Telebrás, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entre outras.
O nível 3, com notas de 2,6 a 5,09, conta com a presença dos Correios, Infraero, Embrapa e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Já no nível 2, com notas de 5,1 a 7,59, ficaram por exemplo a Casa da Moeda do Brasil, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
O ministro afirmou que o indicador ajudará o governo a direcionar suas políticas para mostrar aos gestores onde estão falhando e como podem melhorar.
"O ministério do Planejamento não tinha avaliação sobre gestão das empresas, não havia leitura, não havia mapa", destacou ele, acrescentando que o indicador deverá impulsionar a busca das empresas por padrão elevado de governança. Nova rodada de avaliação deverá ser divulgada em março.