Petrobras: interferência do governo no preço do óleo diesel abalou a confiança do mercado (NurPhoto/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de abril de 2019 às 13h57.
Rio de Janeiro — Questionada sobre possíveis prejuízos com o congelamento do preço do óleo diesel, a Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que "reafirma a manutenção do alinhamento do preço do diesel ao mercado internacional, com o preço médio em 2019 acima do preço de paridade internacional".
Na última quinta-feira, a empresa anunciou que havia desistido de reajustar o diesel em 5,7%. Em nota, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que o presidente da República, Jair Bolsonaro, ligou para o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, "alertando sobre os riscos do aumento do preço do diesel" divulgado pela Petrobras. Na nota, o executivo afirmou ainda ter considerado "legítima a preocupação do presidente".
Já os importadores de óleo diesel vão recuar neste momento de congelamento de preços do combustível pela Petrobras. Presidente da Abicom, que representa o segmento, Sérgio Araújo diz que as empresas associadas da entidade cancelaram as importações para evitar prejuízo médio de R$ 0,14 em cada litro trazido do exterior. Essa é a diferença do valor do combustível nas principais bolsas de negociação no mercado internacional e o quanto é cobrado pela Petrobras em suas refinarias, segundo a entidade.