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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Rio e Candeias, BA - A Petrobras não tem previsão de quanto tempo deverá levar para restabelecer a totalidade de sua produção na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, que teve um incêndio em sua unidade de geração de energia na noite de domingo. A companhia, no entanto, descarta qualquer risco de desabastecimento. O óleo que deveria ter sido processado hoje está sendo estocado nos tanques de armazenagem da refinaria, que tem capacidade para suportar até 40 dias de paralisação.
Para analistas do setor, além do risco de desabastecimento ser praticamente zero, a estatal também não deverá ser atingida financeiramente. Na pior das hipóteses, destacou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, a estatal poderia importar gasolina. "Como a gasolina importada está mais barata do que no mercado doméstico, a Petrobras pode exportar o excedente de óleo que não for processado, importar gasolina e ainda sair lucrando", comentou.
Em Candeias, na região metropolitana de Salvador, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou hoje no final da manhã que a Reduc está "voltando lentamente à atividade". Segundo ele, ainda não foi possível esclarecer as causas do acidente, mas a empresa não registrou feridos por causa do fogo. Gabrielli também assegurou que não há riscos de desabastecimento por
causa da paralisação temporária da produção na Reduc. "Não existe o menor problema nesse sentido", garantiu. Gabrielli esteve em Candeias hoje para o início das obras de duplicação da usina de biodiesel.