Economia

Petrobras anuncia reajuste no querosene de aviação; alta soma 48,7% no ano

Segundo a Abear, historicamente o QAV é o item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras e responde por mais de um terço dos custos do setor

Aviões: No ano passado, o aumento acumulado do QAV foi de 92% (Germano Lüders/Exame)

Aviões: No ano passado, o aumento acumulado do QAV foi de 92% (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2022 às 07h05.

Última atualização em 3 de maio de 2022 às 08h32.

A Petrobras anunciou novo reajuste no querosene de aviação (QAV) neste domingo, de 6,7% em relação ao mês anterior, informou em nota a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Segundo dados da petroleira compilados pela entidade, de 1º de janeiro a 1º de maio a alta acumulada chega a 48,7%.

No ano passado, o aumento acumulado do QAV foi de 92%. "Mais uma vez o reajuste anunciado pela Petrobras comprova como as companhias aéreas enfrentam diariamente uma alta de custos estruturais, sobretudo com o atual cenário de guerra na Ucrânia, que traz muita pressão sobre o preço do barril de petróleo e para a cotação do dólar", afirma em comunicado o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. "O setor permanece resiliente, mas a atual conjuntura traz muita dificuldade para podermos obter uma recuperação vigorosa diante da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus", acrescenta.

Segundo a Abear, historicamente o QAV é o item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras e responde por mais de um terço dos custos do setor.

"O Brasil é o único país do mundo que tem um tributo regional sobre o QAV, o ICMS. Já as empresas estrangeiras não pagam esse imposto para abastecer em território nacional. É por isso que uma viagem internacional, muitas vezes, é mais barata do que um voo doméstico, considerando distâncias similares", destaca a associação.

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