Deputado José Guimarães (PT-CE): "não tem descontrole nenhum", disse (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 13h07.
Brasília - Líderes petistas rebateram, nesta sexta-feira, 10, as críticas da oposição acusando o governo de ser "incompetente" por não conseguir impedir que a inflação comece a "entrar na casa dos brasileiros".
O líder do PT na Câmara dos Deputados e vice-presidente da sigla, José Guimarães (CE), refutou a tese de que o governo tenha perdido o controle sobre a inflação. "Não tem descontrole nenhum", disse.
O resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) contrariou as expectativas do Ministério da Fazenda e do Banco Central, que esperavam uma inflação menor do que os 5,84% de 2012.
Um dos maiores impactos sobre a inflação de 2013 foi do grupo de Alimentação e Bebidas. "O povo está consumindo, evidentemente", concluiu Guimarães.
Para o líder da bancada na Câmara, o que importa é a sensação de bem-estar da população. "Picos de alta não fazem mal. Eu prefiro isso à contenção de consumo", disse.
O petista falou ainda que o indicador não deve interferir na sucessão presidencial, uma vez que "o eleitor de baixa renda está feliz da vida com os programas sociais e com o crédito em abundância". "Politicamente temos uma situação muito confortável para a eleição", avaliou.
"Não vejo nenhum tipo de impacto na eleição. O governo age em cima da responsabilidade fiscal, mas também na responsabilidade social. Para manter a régua que o governo trabalha não é só superávit ou metas de inflação, mas também tem a ver com emprego, indicadores sociais e investimentos", avaliou o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR).
"Às vezes, para manter a inflação muito baixa, você mantém a atividade econômica mais baixa ainda. O conjunto do item é que interessa, incluindo o baixo desemprego, o aumento do salário mínimo e a recuperação dos salários em geral", emendou Vargas.
De acordo com o vice-presidente da Câmara, medidas adotadas pelo governo em 2013 deverão impactar a economia brasileira este ano. "Teremos um ano tranquilo e a economia não vai ser um grande tema nas eleições. O máximo que eles (oposição) vão poder dizer é que (a economia) poderia ser melhor", disse.
Guimarães também destacou o aumento do investimento público, o pleno emprego, o superávit primário alcançado em 2013, as contas públicas controladas e a inflação abaixo da meta como indicadores de que o País vai bem. "Qualquer índice inferior ao teto deve ser comemorado pelo governo e pelo Brasil", finalizou.