Carlos Zarattini: o deputado acredita que o texto, da forma como foi feito, não passará na Câmara porque é "ruim" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de abril de 2017 às 18h39.
Última atualização em 17 de abril de 2017 às 18h43.
Brasília - O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), disse nesta tarde de segunda-feira, 17, que a oposição vai entrar em obstrução contra todos os projetos de interesse do governo, entre eles a proposta de recuperação fiscal dos Estados em situação de calamidade financeira.
O projeto é o primeiro item da pauta de votações desta terça-feira, 18.
Mesmo com as flexibilizações no texto, os aliados tentam votar a medida há três semanas.
Zarattini acredita que o texto, da forma como foi feito, não passará na Câmara porque é "ruim".
"O governo não votou porque não conseguiu maioria sólida, com mais de 257 votos", comentou.
O petista sustentou que a medida só beneficia Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Ele reclamou que a proposta não contempla outros 10 Estados que enfrentam situação financeira preocupante.
Zarattini afirmou que a oposição só deixará de obstruir "o que for bom para a população".
Reforma trabalhista
Em entrevista coletiva, Zarattini criticou a proposta de reforma trabalhista.
Chamando o relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) de "golpe", o petista atacou a terceirização para todas as atividades, o parcelamento de férias, o "teletrabalho" (conhecido como home office), a redução dos valores das rescisões contratuais e o fim da homologação nos sindicatos.
"Os sindicatos vão sofrer muito com o fim da contribuição sindical, muitos serão extintos", acrescentou.