Economia

Pessimismo da indústria de MG é maior que antes das eleições

A Federação também divulgou a Sondagem Industrial. A pesquisa, referente a julho, mostra que a atividade industrial no Estado segue desaquecida


	Trabalhador na indústria: "comparativamente a agosto de 2014, o ICEI está 8,8 pontos menor, indicando que a falta de confiança dos empresários está mais intensa do que no período pré-eleição", explicou a Fiemg
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Trabalhador na indústria: "comparativamente a agosto de 2014, o ICEI está 8,8 pontos menor, indicando que a falta de confiança dos empresários está mais intensa do que no período pré-eleição", explicou a Fiemg (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 14h02.

Belo Horizonte - O pessimismo do empresário industrial mineiro se manteve em agosto. Conforme a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o índice de confiança (ICEI-MG) ficou em 33,7 pontos ante 34,3 pontos de julho, bem abaixo da linha divisória dos 50,0 pontos.

"Comparativamente a agosto de 2014, o ICEI está 8,8 pontos menor, indicando que a falta de confiança dos empresários está mais intensa do que no período pré-eleição", explicou a instituição, em nota. O pessimismo do empresário industrial mineiro é maior do que o executivo nacional.

Na análise por porte de empresa, as de pequeno porte são as mais pessimistas, com 31,6 pontos, enquanto o indicador das médias e grandes empresas registrou 34,5 e 34,4 pontos, respectivamente.

A insatisfação é mais intensa com as condições de negócios da economia brasileira (14,8 pontos), seguidas das estaduais (16,5 pontos) e das condições na própria empresa (28,8 pontos).

As expectativas permanecem pessimistas, com indicador de 38,5 pontos, e estão disseminadas em todos os segmentos pesquisados: economia brasileira (27,4 pontos), economia do Estado (28,0 pontos) e economia da própria empresa (43,4 pontos).

"Diante desse cenário, não há perspectiva de retomada da confiança", frisou a Fiemg.

A Federação também divulgou a Sondagem Industrial. A pesquisa, referente a julho, mostra que a atividade industrial no Estado segue desaquecida, com queda na produção e no emprego.

O nível de utilização da capacidade instalada em relação ao usual marcou o índice mais baixo desde o início da série histórica, com 29,0 pontos (abaixo de 50,0, significa que a questão levantada está em queda), enquanto que o nível de estoques de produtos finais mostrou relativa estabilidade (48,8 pontos).

O levantamento ainda apontou que, para os próximos seis meses, as expectativas não são boas. Para os empresários, haverá redução na demanda, na compra de matéria-prima, nas contratações e nas exportações.

"Diante desse cenário e do desgaste no ambiente de negócios, a intenção de investimento mostrou queda na passagem de julho para agosto, indicando que a retomada da atividade não deve ocorrer no curto prazo", destacou a Fiemg.

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