Economia

Pessimismo com Brasil é recorde, diz pesquisa da Bloomberg

51% dos analistas, investidores e traders questionados pela Bloomberg estão pessimistas em relação às políticas do governo brasileiro


	O ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a presidente Dilma Rousseff
 (Antonio Cruz/ABr)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a presidente Dilma Rousseff (Antonio Cruz/ABr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 14h18.

São Paulo - Uma pesquisa da Bloomberg com 750 analistas, investidores e traders que assinam os serviços da empresa revelou mau humor com a economia brasileira.

51% estão pessimistas em relação às políticas da presidente Dilma Rousseff, contra 22% que tinham essa posição quando ela assumiu em janeiro de 2011.

43% acreditam que a situação econômica brasileira está se deteriorando e 27% a consideram estável. 20% não sabem dizer e apenas 10% veem melhora.

A pesquisa também perguntou quando o Banco Central terá sucesso em trazer a inflação, que registrou alta de 5,84% nos últimos 12 meses, para o centro da meta, de 4,5%.

22% acham que isso vai acontecer no espaço de 12 ou 18 meses, 26% acreditam que vai demorar dois anos e 23% esperam que isso aconteça em três anos ou mais. 29% não tem ideia.

Downgrade

O déficit primário de setembro, o pior para o mês em mais de dez anos, levou a agência de rating Standard & Poor's a rever para "negativa" a perspectiva da nota da dívida soberana do Brasil, atualmente BBB. 

7% dos entrevistados pela Bloomberg acreditam que a nota brasileira será "certamente" rebaixada nos próximas 12 meses, enquanto 37% acreditam que isso é "provável".

33% acham que o rebaixamento é "possível" e 18% não souberam responder; apenas 10% descartam inteiramente a possibilidade.

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