Economia

Pesquisa do Ipea mostra redução do número de famílias endividadas

Em novembro, 55,6% dos entrevistados disseram não ter dívida, o que representa um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao registrado no mês anterior

O levantamento também destaca que, entre as famílias com algum tipo de dívida, apenas 18% disseram ter condições de pagá-la em sua totalidade (Germano Luders)

O levantamento também destaca que, entre as famílias com algum tipo de dívida, apenas 18% disseram ter condições de pagá-la em sua totalidade (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 19h55.

Brasília – A 16ª edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF) revelou redução no número de famílias brasileiras endividadas. Levantamento divulgado hoje (8) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), referente a novembro, aponta que 55,6% dos entrevistados disseram não ter dívida, o que representa um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao registrado no mês anterior, 54,2%.

Já o percentual dos que se declararam muito endividados apresentou ligeira alta, ao passar de 7,8%, em outubro, para 8,2%, em novembro. A pesquisa ainda mostra que entre os endividados cujo débito representa até metade do rendimento domiciliar mensal, o índice de 18,2% é o menor desde o início do ano. A dívida média registrada pelo IEF teve ligeira queda e passou de R$ 4.369,39, em outubro, para R$ 4.315,70, em novembro.

O levantamento também destaca que, entre as famílias com algum tipo de dívida, apenas 18% disseram ter condições de pagá-la em sua totalidade. Enquanto isso, 45,6% dos entrevistados responderam que poderão quitar os débitos parcialmente e 33,8% disseram não ter como pagar naquele mês as contas em atraso.

Em relação à expectativa sobre a situação econômica do país no curto prazo, 60,1% das famílias acreditam que o Brasil terá melhores momentos nos próximos 12 meses. O percentual é 1,2 ponto percentual superior ao registrado em outubro (58,9%). “A expectativa é otimista em todas as classes consideradas no estudo. Há uma tendência crescente no otimismo das pessoas que ganham até cinco salários mínimos, sendo a classe mais otimista a que recebe de quatro a cinco salários mínimos”.

O IEF é calculado com base em pesquisa feita em 3.810 domicílios, em mais de 200 municípios, abrangendo todas as unidades da Federação.

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