Brasília - O Peru se propõe a iniciar uma ofensiva comercial no Brasil com o pisco, tradicional bebida que no ano passado chegou a 28 países e cuja produção superou os cinco milhões de litros, disse hoje à Agência Efe o presidente da Academia Peruana de Pisco, Johnny Schuler.

"Estamos em busca de novos mercados e o Brasil, com uma economia forte, é o lugar ideal", afirmou Schuler, que, além disso, é um dos proprietários da centenária adega La Caravedo, reativada no ano passado e que em breve elevará sua produção a dez milhões de litros de pisco, para triplicar o total produzido no país.

Schuler afirmou que, atualmente, apenas 5% da produção peruana da bebida é dirigida ao mercado externo, mas a produção mantém um ritmo crescente e se multiplicou por quatro desde 2002, o que encoraja os produtores a buscar novas posições no exterior.

O principal destino do pisco peruano hoje é curiosamente o Chile, país com o qual existe uma controvérsia sobre o nome de origem da bebida, mas que no ano passado recebeu 31% do total exportado do Peru.

O Chile superou, inclusive, os Estados Unidos, tradicional destino do pisco peruano, que também chegou durante 2009 a Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, Colômbia, França, Espanha, México e República Tcheca, entre outros países.