Economia chinesa é afetada pela persitente crise de dívida europeia e por uma recuperação econômica global mais lenta do que o esperado (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2012 às 08h07.
Pequim - As perspectivas comerciais da China para o segundo semestre de 2012 são mais duras do que para os seis primeiros meses, afetadas pela persitente crise de dívida europeia e por uma recuperação econômica global mais lenta do que o esperado, afirmou o Ministério do Comércio nesta quinta-feira.
Os comentários foram feitos no momento em que a China revelou que o crescimento do investimento direto estrangeiro no país continuou caindo na comparação anual, com a entrada de receita da União Europeia recuando 2,7 por cento, para 4 bilhões de dólares, entre janeiro e julho ante o mesmo período de 2011.
No total, a entrada de investimento direto estrangeiro recuou 3,6 por cento nos sete primeiros meses do ano ante 2011, para 66,7 bilhões de dólares. Somente em julho a entrada de dinheiro ficou em 7,6 bilhões de dólares, queda de 8,7 por cento na base anual.
"No momento, a forte queda das exportações para países da UE é o fator mais importante que pesa sobre o crescimento das exportações da China", disse o porta-voz do Ministério do Comércio, Shen Danyang, em coletiva de imprensa.
"Com a crise da dívida europeia se espalhando e a economia global se recuperando a um ritmo mais lento do que o esperado, esperamos que a situação comercial da China no segundo semestre se torne mais dura e estamos enfrentando mais pressão para atingir a meta anual de crescimento comercial", completou Shen.
A China busca fazer com que o comércio total cresça uma média de 10 por cento em 2012.
Os dados têm sido particularmente voláteis até agora neste ano, com o crescimento da exportação em julho virtualmente estagnando, com alta de apenas 1 por cento ante o ano anterior contra expectativa em pesquisa da Reuters de expansão de 8,6 por cento.
O crescimento da importação em julho foi de 4,7 por cento ante o ano anterior, contra expectativas de 7,2 por cento.