Consumidores: ao divulgar a pesquisa, a CNC afirmou considerar que "a queda progressiva nas vagas está aumentando a insegurança das famílias em relação ao emprego" (Alexandre Battibugli/EXAME)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2015 às 12h53.
A percepção da população brasileira sobre o emprego atual, as perspectivas profissionais e a renda atual piorou em outubro deste ano, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Os dados fazem parte do índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que caiu pelo nono mês seguido neste mês.
Segundo a pesquisa, o emprego atual é o único dos sete componentes do indicador que se mantém acima dos 100 pontos: alcançou 106 pontos, mas apresentou queda de 0,8% em relação a setembro e já acumula uma retração de 20,3% na comparação com outubro do ano passado.
Na Região Sudeste, a taxa já está abaixo dos 100 pontos, com 94 pontos, o que revela percepção negativa. O Centro-Oeste tem o melhor resultado, com 126,7 pontos.
Ao divulgar a pesquisa, a CNC afirmou considerar que "a queda progressiva nas vagas está aumentando a insegurança das famílias em relação ao emprego".
Para 25,1% dos entrevistados, o emprego está menos seguro em outubro, enquanto 31,1% respondem considerar mais seguro. Para 28,9%, o nível de segurança está igual ao do ano passado.
Quanto ao futuro, 47,2% disseram considerar a perspectiva profissional negativa, e 45,1%, positiva. Para este componente, a pontuação foi 97,9, com queda de 0,7% em relação a setembro e de 18,1% ante outubro de 2014.
A pontuação do Sul chegou a 80,7 – a pior do país. A do Sudeste alcançou 87,2. Norte e Nordeste estão acima dos 100 pontos no componente perspectiva profissional, com 145,3 e 113,5 pontos, respectivamente.
Apesar de ter a pontuação mais baixa, a Região Sul teve alta em relação a setembro, com crescimento de 3,2% na percepção da perspectiva profissional. Ante outubro do ano passado, o indicador apresenta queda de 20,9%.
Os dados sobre a renda atual mostram uma percepção de que ela está pior para 32,9% dos entrevistados e melhor para 30,9%. Outros 35,8% consideram que está "igual à do ano passado".
O Sudeste é a única região brasileira abaixo dos 100 pontos na percepção da renda, com 83,4: o indicador nacional é 97,9 pontos, com queda de 1% em relação a setembro.
A melhor percepção de renda está no Sul, com 128 pontos, e alta de 1,4% na comparação com setembro.