Economia

Peña Nieto quer aplicar capital misto a setor petrolífero

O mandatário mexicano, em entrevista coletiva em São Paulo no primeiro de dois dias de visita ao Brasil, descartou "a privatização do petróleo" mexicano


	O presidente eleito mexicano, Enrique Peña Nieto: o presidente eleito explicou que a proposta é "uma das reformas de caráter estrutural"
 (Alfredo Estrella/AFP)

O presidente eleito mexicano, Enrique Peña Nieto: o presidente eleito explicou que a proposta é "uma das reformas de caráter estrutural" (Alfredo Estrella/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 17h47.

São Paulo - O presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, defendeu nesta quarta-feira a "modernização" do setor petrolífero de seu país com "uma participação maior" da iniciativa privada e deu como exemplo os modelos do Brasil e da Colômbia.

O mandatário mexicano, em entrevista coletiva em São Paulo no primeiro de dois dias de visita ao Brasil, descartou "a privatização do petróleo" mexicano, mas defendeu "estabelecer mecanismos que facilitem e deem oportunidade a uma participação maior do setor privado".

Peña Nieto detalhou que é necessário fazer investimentos nos setores de prospecção, produção e refino de petróleo para atingir o objetivo de "conseguir uma competitividade maior e uma maior capacidade produtiva da Pemex (Petróleos Mexicanos)" e considerou que atingir a meta "somente será possível através do setor privado".

O presidente eleito explicou que a proposta é "uma das reformas de caráter estrutural" anunciadas durante sua campanha eleitoral e acrescentou que ainda deverá ser submetida ao Congresso mexicano.

Além disso, disse que os modelos de países como o Brasil e a Colômbia, onde se fazem alianças entre empresas públicas de petróleo e o setor privado, contribuem para aumentar sua produtividade.

Peña Nieto se reuniu hoje com uma delegação de empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no primeiro dia de uma visita oficial ao Brasil, que continua amanhã em Brasília, onde será recebido pela presidente Dilma Rousseff. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEnergiaInvestimentos de empresasMéxicoPetróleo

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto