(Amanda Perobelli/Reuters)
Ligia Tuon
Publicado em 20 de agosto de 2020 às 17h06.
Última atualização em 21 de agosto de 2020 às 22h21.
Os pedidos de seguro-desemprego feitos de janeiro até o fim da primeira quinzena de agosto chegaram a 4.737.572. O número é 9,1% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, disse o Ministério da Economia nesta quinta-feira, 20.
Na primeira quinzena de agosto, os pedidos registraram uma queda de 23,2% em relação à segunda quinzena de julho, somando 216.350. Em relação com o mesmo período do ano passado, o recuo é de 21,3%.
No ano, até agora, os pedidos de seguro foram mais expressivos em maio, quando alcançaram 960.309 solicitações, mas começaram a cair em junho e seguem nessa tendência, só que com velocidade reduzida.
Os três estados com maior número de pedidos na primeira metade de agosto foram São Paulo (65.302), Minas Gerais (23.985) e Rio de Janeiro (17.357).
A pior fase da crise até agora, como mostram indicadores da atividade, se concentrou em abril e no começo de maio.
Apesar dos milhões de demitidos, o mercado formal tem mostrado certa resiliência na crise muito em razão dos programas emergenciais do governo, que permitiram redução de salários e jornada reduzida.
Segundo medidor do Ministério da Economia, foram preservados mais de 16,3 milhões de empregos até agora. O cenário depois do fim dos programas, porém, ainda é incerto.
A taxa de desemprego divulgada pelo IBGE, que também engloba trabalhadores informais e pessoas fora da força de trabalho, já mostra uma deterioração maior do mercado de uma maneira geral, com a taxa de 13,3% ante 11,2% de janeiro. A expectativa do mercado aponta para 17% em dezembro.
O trabalhador tem até 120 dias para pedir o seguro-desemprego após o desligamento.
Os requerimentos podem ser feitos de forma 100% digital e não há espera para a concessão do benefício, segundo o Ministério da Economia. Do total de pedidos feitos na primeira quinzena de agosto, 64,3% foram realizados pela internet, informa a pasta.