Economia

Pedidos de recuperação judicial sobem 82,2% em junho, diz Boa Vista

Na análise por porte da empresa, as pequenas foram responsáveis por 93,4% dos pedidos de falências e 94,2% dos pedidos de recuperação judicial

Loja no Rio de Janeiro: aumento nos pedidos de falências em 12 meses reflete as dificuldades que as empresas encontraram em manter suas atividades em meio à crise provocada pela pandemia (Wagner Meie/Getty Images)

Loja no Rio de Janeiro: aumento nos pedidos de falências em 12 meses reflete as dificuldades que as empresas encontraram em manter suas atividades em meio à crise provocada pela pandemia (Wagner Meie/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de julho de 2020 às 09h32.

Última atualização em 8 de julho de 2020 às 09h33.

Os pedidos de falência aumentaram 28,9% em junho ante maio, segundo levantamento nacional da Boa Vista. Na mesma base de comparação, os pedidos de recuperação judicial avançaram 82,2%, enquanto as falências decretadas e as recuperações judiciais deferidas subiram 93% e 103,3%, respectivamente.

Frente a junho de 2019, os pedidos de falência avançaram 87,1% e os de recuperação judicial, 44,6%. Já as falências decretadas e as recuperações judiciais deferidas tiveram alta de 71,3% e 123 4%, respectivamente.

No primeiro semestre de 2020 apenas as falências decretadas registraram resultado negativo, com redução de 14,5% contra o mesmo período do ano passado. Por outro lado, os pedidos de falência avançaram 34,2%, os pedidos de recuperação judicial, 32 8% e as recuperações judiciais deferidas, 45,3%, mantida a base de comparação.

Da mesma forma, na variação acumulada em 12 meses apenas as falências decretadas apresentaram queda em junho (-6,5%). Já os pedidos de falência subiram 28,8%, assim como os pedidos de recuperação judicial (28,2%) e as recuperações judiciais deferidas (37,4%).

Segundo a Boa Vista, o aumento nos pedidos de falências em 12 meses reflete as dificuldades que as empresas encontraram em manter suas atividades na primeira metade do ano em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus. Além disso, como já observado na análise mensal, a tendência é de que as empresas continuem apresentando piora nos seus indicadores de solvência durante o período mais agudo da crise, diz a instituição.

Na análise por porte da empresa, as pequenas foram responsáveis por 93,4% dos pedidos de falências e 94,2% dos pedidos de recuperação judicial, considerando o acumulado em 12 meses. Com relação a falências decretadas e recuperações judiciais deferidas, também houve predominância de ocorrências entre pequenas empresas, que responderam por 95,8% e 94,3% dos totais, respectivamente.

Já na divisão por segmento da economia, o setor de Serviços, que concentra a maior parte dos pequenos empreendimentos, segundo a Boa Vista, respondeu pelo maior porcentual dos pedidos de falência (40,5%), seguido pelo setor de Comércio (29,8%) e Indústria (29,6%). No mesmo período do ano passado, o setor de Serviços respondeu por 42,8% dos pedidos de falência, contra 30 8% da Indústria e 26,4% do Comércio.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusFalênciasLojasRecuperações judiciais

Mais de Economia

Mesmo com alíquota de IVA reduzida, advogado pode pagar imposto maior após reforma; veja simulações

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad