Os pedidos de recuperação judicial caíram 42,9% em março ante fevereiro e 23,8% na comparação com o mesmo mês de 2012 (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2013 às 13h10.
Sao Paulo - O número de pedidos de falência em março subiu 12,9% na comparação com fevereiro, informou nesta quinta-feira (12) a Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
No acumulado dos três primeiros meses do ano ante mesmo período do ano anterior, a alta foi de 5%. Já ante março do ano passado, a variação foi negativa, de 2,1%. O número de falências decretadas, por sua vez, recuou 9% em março ante fevereiro. No ano, as falências decretadas acumulam alta de 13,5% sobre igual período de 2012. Na comparação com março de 2013, foi registrado um recuo de 6,2%.
Na análise da Boa Vista Serviços, o primeiro trimestre de 2013 ainda aponta crescimento em quase todos os indicadores de insolvência das empresas, mas o ritmo de expansão vem diminuindo.
"A esperada recuperação da atividade econômica e a expectativa de queda na inadimplência de empresas e consumidores devem favorecer a melhoria da situação financeira das empresas ao longo do ano", avaliam os economistas da instituição, em nota distribuída à imprensa.
Os pedidos de recuperação judicial caíram 42,9% em março ante fevereiro e 23,8% na comparação com o mesmo mês de 2012. Na comparação do primeiro trimestre com o mesmo período do ano anterior, a queda é de 1,6%.
Já os deferimentos de recuperação judicial caíram 43% ante fevereiro e 3,6% sobre março de 2012. No acumulado do ano, contudo, houve crescimento de 46,7% no número de recuperações judiciais decretadas.
O setor que contribuiu para a alta nos pedidos de falência durante o primeiro trimestre do ano foi a indústria, com 38% dos casos. Logo em seguida vem o setor de serviços, que respondeu por 37% dos pedidos no período.
O setor do comércio representou 25%. A maioria dos pedidos de falência (88%) no primeiro trimestre veio das micro e pequenas empresas. As empresas desse porte responderam por 92% das falências decretadas.