Economia

Pedidos de falência caem 23,5% em junho ante maio, diz Boa Vista

Segundo os dados divulgados hoje, as falências decretadas também caíram na margem e no semestre

Falências: empresas pequenas representaram o maior porcentual de falências e recuperações judiciais nos primeiros seis meses do ano (Foto/Thinkstock)

Falências: empresas pequenas representaram o maior porcentual de falências e recuperações judiciais nos primeiros seis meses do ano (Foto/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de julho de 2017 às 13h26.

São Paulo - Os pedidos de falência caíram 23,5% em junho na comparação com maio e acumularam retração de 12,4% no primeiro semestre deste ano, de acordo com os dados da Boa Vista SCPC. Em relação a junho de 2016, a queda foi de 27,2%.

As falências decretadas também caíram na margem e no semestre (-6,7% e -8,2%, respectivamente), assim como os pedidos de recuperação judicial (-35,9% e -26,3%, nessa ordem) e as recuperações judiciais deferidas (-28,3% e -24%, respectivamente).

As empresas pequenas representaram o maior porcentual de falências e recuperações judiciais nos primeiros seis meses do ano, segundo a Boa Vista, respondendo por 86% dos pedidos de falência, 90% das falências decretadas, 90% dos pedidos de recuperação judicial e 91% nos processos deferidos.

Já na divisão por setores, o destaque negativo no semestre é o segmento de serviços, com o maior porcentual de pedidos de falência (43%). Até o primeiro trimestre do ano, a indústria tinha o pior resultado, com 39% dos casos, mas foi o setor que teve redução mais significativa na comparação com 2016, com queda de 23%, e agora figura com porcentual de 32% nos pedidos de falência. Já o Comércio representou 25% dos pedidos de janeiro a junho.

Na avaliação da Boa Vista SCPC, passado o período de intensa retração da atividade econômica, redução do consumo, restrição e encarecimento do crédito, entre outros fatores, as empresas começam a esboçar sinais mais sólidos dos indicadores de solvência. "Fato que deverá continuar, caso confirmado o cenário econômico mais benigno esperado pelo mercado", diz a instituição em nota.

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