Placa de vagas abertas em empresa dos Estados Unidos (Getty Images/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 10h55.
Última atualização em 6 de dezembro de 2024 às 11h34.
Os Estados Unidos criaram 227 mil vagas de emprego em novembro, de acordo com o payroll divulgado nesta sexta-feira, 6, pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês).
Com isso, a taxa de desemprego ficou em 4,2%, enquanto o número de desempregados fechou o mês em 7,1 milhões. O número veio levemente acima das expectativas de mercado, que projetava criação de 200 mil a 220 mil novas vagas.
Em outubro, o dado veio muito abaixo do esperado, registrando 12.000 novas vagas de emprego. O número atípico foi um reflexo do furacão na Flórida e da greve da Boeing. As estatísticas de trabalho dos EUA eram amplamente aguardadas pelo mercado financeiro.
O número desta sexta-feira está acima da média dos últimos doze meses, que registrou um aumento médio de 186.000 empregos por mês. O dado reforça a resiliência de um mercado de trabalho forte, que está sendo analisado de perto pelo Federal Reserve (Fed) para tomar decisões sobre as taxas de juros.
Segundo o BLS, atualmente há 7,1 milhões pessoas desempregadas no país, dado superior ao registrado há um ano, quando havia 6,3 milhões de desempregados. Naquela época, a taxa de desemprego era de 3,7%.
Durante o mês, o emprego teve tendência de alta nos setores de saúde, lazer e hospitalidade, governo e assistência social.
O emprego aumentou na fabricação de equipamentos de transporte, refletindo o retorno dos trabalhadores que estavam em greve, um dos motivos apontados pelo governo de Joe Biden para explicar os fracos dados de outubro.
Mais detalhadamente:
Em novembro, os ganhos médios por hora aumentaram 13 centavos, ou 0,4%, alcançando US$ 35,61. Nos últimos 12 meses, os ganhos médios por hora aumentaram 4%.
Esses dados são divulgados poucos dias antes da última reunião do ano do Federal Reserve sobre taxas de juros, que ocorrerá nos dias 17 e 18 de dezembro.
Até o momento, a maioria dos economistas estima que as taxas cairão 25 pontos-base. Segundo o monitor CME FedWatch, 72% dos especialistas pesquisados acreditavam nisso até o anúncio do payroll. Esse dado passou para 91% após a divulgação das estatísticas do mercado de trabalho nesta sexta.
A taxa de referência dos juros está atualmente em um intervalo de 4,5% a 4,75%, após duas reduções nas taxas, uma em setembro, de 50 pontos-base, e outra em novembro, de 25 pontos-base.
A taxa de inflação nos EUA, o principal indicador observado pelo Fed junto com o desemprego, subiu dois décimos em outubro (o último dado conhecido) e atingiu 2,6%, uma alta que interrompeu a sequência de seis meses consecutivos de queda.
De modo geral, a economia dos Estados Unidos continua sólida, sem risco de recessão. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,7% no terceiro trimestre de 2024, a mesma taxa registrada no segundo trimestre.
Com Agência EFE