Paulo Guedes: economista elogiou o atual secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida (João Pedro Caleiro/Site Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de julho de 2018 às 10h50.
Última atualização em 31 de agosto de 2018 às 10h36.
São Paulo — Coordenador do programa econômico do pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes afirmou que terá total liberdade para a montagem de sua equipe caso se torne o titular da Fazenda e indicou que pode manter alguns integrantes da atual equipe econômica do governo Michel Temer.
"Ele (Bolsonaro) fala que é porteira fechada e não vai ter nenhuma indicação política", disse Guedes em entrevista concedida nesta quinta-feira, 12, à Reuters, a respeito dos cargos nos ministérios da Fazenda e do Planejamento e no Banco Central. Sobre a permanência de alguns membros da equipe de Temer, declarou ver vantagens na estratégia.
"O setor público tem extraordinários quadros e quem tem que fazer as reformas e ajudar a corrigir todos os erros são exatamente esses quadros de excepcional qualidade", afirmou.
O economista elogiou o atual secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, de quem disse ter tido "ótima impressão" por seu "espírito público e conhecimento técnico". Ambos estiveram juntos há poucas semanas no Ministério da Fazenda após Guedes pedir um encontro para ouvi-lo sobre a situação fiscal do país.
Os comentários foram feitos pouco antes de Guedes se encontrar novamente com membros da atual equipe econômica em Brasília, desta vez a convite do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e na companhia do presidente do BC, Ilan Goldfajn, como parte de conversas que têm sido pedidas pela Fazenda com economistas de pré-candidatos.
Tanto o coordenador quanto Bolsonaro já afirmaram publicamente que Ilan seria um excelente nome para seguir no atual cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.