Economia

Paulinho da Força mantém ofensiva sobre mínimo

Líder da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva desdenha das ameaças do Planalto e diz que não recua dos R$ 560

O deputado Paulinho, presidente da Força Sindical: sem medo do Planalto (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

O deputado Paulinho, presidente da Força Sindical: sem medo do Planalto (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 15h46.

Brasília - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), diz que vai defender junto aos 26 parlamentares do seu partido o valor de R$ 545 para o salário mínimo na votação da próxima quarta-feira.

O líder da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, que é deputado do partido de Lupi, desdenha as ameaças do Planalto, diz que não recua dos R$ 560 e arremata: “Não temos carguinhos.”

“Fui voto vencido. Agora, tenho de defender a posição do governo em nome do acordo feito por uma política salarial para os próximos quatro anos”, disse Lupi ontem ao jornal O Estado de S. Paulo. Na avaliação dele, a política do mínimo permitirá que se chegue a um reajuste entre 13% e 15%, de 2011 para 2013. A inflação e os gastos do governo são outras duas razões citadas por Lupi para manter o voto nos R$ 545. “É hora de colaborar com o aperto do cinto.”

A posição deixa Paulinho praticamente sozinho - pelo menos no PDT - na pregação por um salário de R$ 560. “Já reduzimos de R$ 580 para R$ 560”, lembrou o deputado e sindicalista.

Ele disse que as centrais sindicais vão promover uma manifestação na quarta-feira, dia agendado para votação do projeto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaPaulinho da ForçaPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSalário mínimo

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo