Economia

Patriota prepara proposta para debater política externa

Patriota defendeu o contato permanente entre os órgãos públicos e a sociedade civil


	O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: segundo ele, a proposta está em fase de elaboração e deve estar concluída até dezembro.
 (Antonio Cruz/ABr)

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: segundo ele, a proposta está em fase de elaboração e deve estar concluída até dezembro. (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2013 às 17h34.

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou hoje (17) a criação de um fórum permanente de diálogo com a sociedade civil sobre política externa. Segundo ele, a proposta está em fase de elaboração e deve estar concluída até dezembro. “Está claro que a extensão de nossa presença no mundo nos traz, ao Itamaraty, responsabilidades acrescidas”, disse o chanceler, lembrando que o Brasil abriu novas frentes no cenário internacional.

“As novas frentes abertas em nossa política externa, na região e no mundo, adquirem especial ressonância nos contatos que mantemos com o conjunto da sociedade brasileira. Com o Congresso, com o Judiciário e com os mais diversos segmentos sociais que, no país, buscam crescente participação nas dinâmicas de alcance internacional”, ressaltou o chanceler, na cerimônia de formatura de diplomatas, no Instituto Rio Branco, no Itamaraty.

Patriota defendeu o contato permanente entre os órgãos públicos e a sociedade civil. Segundo ele, a proposta em fase de elaboração pretende institucionalizar o trabalho existente. “Especificamente quanto aos contatos com a sociedade civil, que já são frequentes, estamos agora trabalhando para institucionalizá-los. A abertura ao diálogo, o saber ouvir e o fazer-se entender são parte integral do governo democrático liderado pela senhora presidenta [Dilma Rousseff]”, disse.

O chanceler destacou a experiência da Comissão Nacional Preparatória para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano passado. “[Foi uma experiência] valiosa e efetivamente valorizada por todos os que dela participaram, o que nos anima a persistir nessa direção”, disse.


Ao se dirigir aos novos diplomatas, na cerimônia de formatura, o chanceler ressaltou que serão muitos os desafios que terão de enfrentar ao longo da carreira, mas recomendou: não percam a juventude e o desejo de ousar. “Não faltam desafios, obstáculos e situações de tensão a exigir de cada um discernimento, preparo, tenacidade, imaginação e sangue frio”, disse.

O ministro encorajou ainda os diplomatas recém-formados a ousarem no exercício da profissão. “Vocês são jovens. Ser jovem é uma condição inerente, que se exerce sem esforço. Mais do que jovens, sejam diferentes. Tragam para nosso tempo o inesperado, o que é novo, o que é historicamente produtivo. [Não sejam] jovens de alma envelhecida. O nosso futuro como nação não se constrói senão com ousadia, com vitalidade e um infinito respeito pelos outros".

Acompanhe tudo sobre:Antonio PatriotaItamaratyMinistério das Relações ExterioresPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto