Horst Seehofer: "No meu ponto de vista, os 190 bilhões de euros citados pela Corte Constitucional é o limite máximo de contribuição total alemã ao resgate do euro", afirmou (Thomas Niedermueller / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2012 às 15h07.
Berlim - O presidente do partido União Social Cristã (CSU) da Alemanha argumenta que, de fato, há um limite no programa do Banco Central Europeu (BCE) teoricamente ilimitado para comprar títulos de países em dificuldade --os 190 bilhões de euros que Berlim pode gastar em programas de resgate da zona do euro.
Horst Seehofer, cujo conservador CSU é o partido-irmão bavariano dos Democratas Cristãos (CDU) da chanceler Angela Merkel, afirmou à revista alemã Der Spiegel neste domingo que a contribuição de 190 bilhões de euros da Alemanha deve também incluir seus gastos com as compras de títulos soberanos pelo BCE.
O BCE anunciou seu novo e potencialmente ilimitado programa de compra de títulos em 6 de setembro com o objetivo de diminuir os custos de empréstimo de países da zona do euro e limitar a crise da dívida da região.
O Parlamento alemão aprovou uma exposição máxima de 190 bilhões de euros do volume total de 700 bilhões de euros para financiamentos de resgate.
"Os 190 bilhões de euros é a quantidade que vale --incluindo o que o BCE fizer", afirmou Seehofer. Ele acrescentou que a Corte Constitucional da Alemanha afirmou que limite máximo de 190 bilhões de euros não poderá ser aumentado sem aprovação anterior do Parlamento.
"No meu ponto de vista, os 190 bilhões de euros citados pela Corte Constitucional é o limite máximo de contribuição total alemã ao resgate do euro", afirmou Seehofer.
A opinião de Seehofer vai contra a opinião da maioria no governo alemão de que o programa de compra de títulos do BCE é separado dos fundos de resgate.
O CSU, que tem 44 dos 237 assentos da coalizão CDU/CSU nos 620 assentos do Parlamento em Berlim, tem um papel vital em assegurar poder a Merkel.
O CSU, operando em apenas um dos 16 Estados da Alemanha, ganhou uma parcela desproporcionalmente alta dos votos conservadores na última eleição em 2009 --quase 20 por cento.