Economia

Paraná forma geadas em áreas agrícolas, diz meteorologista

Departamento de Economia Rural, do governo do Estado, estima que 62 por cento da safra de trigo do Estado esteja em fases vulneráveis a frio intenso


	Trigo: expectativa inicial era de que o Paraná produzisse cerca de metade do trigo a ser colhido este ano no país, dividindo a liderança da produção com o Rio Grande do Su
 (Menahem Kahana/AFP)

Trigo: expectativa inicial era de que o Paraná produzisse cerca de metade do trigo a ser colhido este ano no país, dividindo a liderança da produção com o Rio Grande do Su (Menahem Kahana/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 12h51.

São Paulo - Grande parte do Paraná, incluindo importantes áreas de produção agrícola, teve condições para ampla formação de geadas na manhã desta quinta-feira, disse um instituto local de meteorologia.

Houve temperaturas abaixo e pouco acima de zero e céu claro no sul, no oeste e no norte do Estado, segundo o Simepar, órgão de meteorologia que funciona dentro da Universidade Federal do Paraná.

"Em grande do Paraná a gente teve condição de formação de geada. A probabilidade é de 90 por cento. Pode não ter em determinada área, dependendo do terreno e do vento", disse o meteorologista Fernando Mendonça Mendes.

O centro e o oeste do Paraná concentram boa parte das lavouras de trigo, que já sofreram com geadas no final de julho.

O Departamento de Economia Rural (Deral), do governo do Estado, estima que 62 por cento da safra de trigo do Estado esteja em fases de frutificação e floração, vulneráveis ao frio intenso.

As geadas do fim de julho reduziram o potencial produtivo da atual safra em 33 por cento, disse o Deral na quarta-feira.

A expectativa inicial era de que o Paraná produzisse cerca de metade do trigo a ser colhido este ano no país, dividindo a liderança da produção com o Rio Grande do Sul, onde também fez frio intenso nesta quinta-feira.

No Rio Grande do Sul, entretanto, as lavouras estão em fases mais iniciais de desenvolvimento e, portanto, menos suscetíveis ao frio.

O norte do Paraná é região de produção de café. A geada de julho derrubou a previsão para a próxima colheita em 62 por cento.

Meteorologistas e agrônomos lembram que após a ocorrência de geadas é preciso verificar os danos no local, e que eventuais impactos para agricultura demoram alguns dias para serem percebidos, já que as plantas não mostram sinais de problemas imediatamente.

"Ocorrências de geada aconteceram. O que impactou, é outra história", lembrou o meteorologista do Simepar.

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