Economia

Para Serra, país perdeu chance de baixar Selic em 2008

Para o rival de Dilma nas eleições de 2010, o governo cometeu um dos maiores erros de política econômica ao não reduzir a taxa básica de juros na crise de 2008

Serra: "Houve uma crise que foi desaproveitada, a de 2008 e 2009, porque o Brasil foi o único país do mundo que não baixou os juros" (Lailson Santos/Veja)

Serra: "Houve uma crise que foi desaproveitada, a de 2008 e 2009, porque o Brasil foi o único país do mundo que não baixou os juros" (Lailson Santos/Veja)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 12h08.

São Paulo - O ex-governador José Serra (PSDB) disse hoje (28) que a crise econômica mundial é grave e avaliou que o governo cometeu um dos maiores erros de política econômica ao não reduzir a taxa básica de juros (Selic) durante a recessão causada pela crise internacional de 2008. Ele afirmou que, desta vez, o governo vem tendo um comportamento melhor em relação à Selic, aproveitando-se do encolhimento da demanda mundial para reduzir os juros.

"A crise econômica é muito feia, mas o Brasil, em crises passadas, soube aproveitar as oportunidades", disse. "Mas houve uma crise que foi desaproveitada, a de 2008 e 2009, porque o Brasil foi o único país do mundo que não baixou os juros", afirmou, ao participar nesta manhã do 7.º Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, promovido em São Paulo, no qual ministrou a palestra intitulada "O Desenvolvimento Econômico no Brasil".

Serra observou que, no atual cenário mundial, apesar da crise, há uma boa perspectiva para os Estados Unidos. Ele citou uma expectativa de "reindustrialização" do mercado norte-americano e avaliou ser necessário esperar as eleições presidenciais de 2012 para traçar um desfecho para o atual cenário econômico norte-americano.

Para Serra, a crise não afetará de maneira muito grave a economia japonesa e a China deve seguir apresentando altas taxas de crescimento, com destaque para o incremento do mercado interno.Com relação à Europa, observou que foi um grande erro o fato de uma moeda única ter sido adotada não como culminação da integração de países do continente, mas como o início desse processo. O ex-governador deixou o evento sem falar com a imprensa.

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