Paulinho da Força: apesar de elogiar a escolha de Dilma, ele criticou a presidente (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2014 às 15h36.
São Paulo - O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que o anúncio da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT) deverá trazer um clima de tranquilidade e credibilidade ao mercado.
O Palácio do Planalto confirmou, há pouco, os nomes de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento, e a manutenção de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central.
"Espero que eles possam recuperar a economia, que está paralisada e com risco para os trabalhadores, principalmente os da indústria e da construção pesada e civil", destacou o deputado, que é presidente licenciado da Força Sindical.
Paulinho disse ainda que trabalhadores ligados à Força Sindical estarão mobilizados já no início do ano que vem para defender os direitos da categoria.
"Estamos preocupados que o governo tente arrumar a economia em cima da classe trabalhadora, tirando direitos já conquistados". Por conta disso, ele não descarta que os trabalhadores realizem protestos e greves.
"Já estamos conversando também com outras centrais sindicais porque a preocupação com a preservação dos direitos trabalhistas é uma pauta comum a todos."
Apesar de elogiar a escolha de Dilma, Paulinho, que foi coordenador da área sindical da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário de Dilma nesta corrida presidencial, criticou a presidente da República, dizendo que ela acabou fazendo justamente o oposto do que pregava na campanha eleitoral e dizia que seria feito pelos seus adversários.
"Dilma acabou entregando a sua área econômica para pessoas do sistema financeiro, talvez pressionada pelo mercado", disse.
O presidente do Solidariedade acredita que Dilma não deverá ter a mesma ingerência que teve no primeiro mandato sobre a sua equipe econômica, destacando que o novo titular da Fazenda tem um perfil diferente do atual ministro Guido Mantega.