Economia

Para Miguel Jorge, trocar ministro não resolve expansão

O ex-ministro do Desenvolvimento afirmou que "o governo todo precisa tomar medidas" para melhorar o baixo desempenho econômico


	Miguel Jorge: "O problema não é o ministro da Fazenda. Não acredito que a simples troca faça uma grande diferença", disse o ex-ministro do Desenvolvimento
 (Elza Fiúza/ABr)

Miguel Jorge: "O problema não é o ministro da Fazenda. Não acredito que a simples troca faça uma grande diferença", disse o ex-ministro do Desenvolvimento (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 13h31.

São Paulo - Para o ex-ministro do Desenvolvimento Miguel Jorge, as dificuldades do País não seriam resolvidas com a troca do ministro da Fazenda, Guido Mantega, por causa do baixo crescimento econômico divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 0,6% na passagem do segundo para o terceiro trimestre.

"O problema não é o ministro da Fazenda. Não acredito que a simples troca faça uma grande diferença", disse em resposta a jornalistas sobre a hipótese de mudanças na Fazenda após os dados frustrantes do PIB.

"Mantega tem a confiança da presidente Dilma", ressaltou sobre o ministro. Miguel Jorge afirmou que "o governo todo precisa tomar medidas" para melhorar o baixo desempenho econômico.

"O resultado do PIB no terceiro trimestre não é uma surpresa. Era esperado pelas indicações mensais que apontavam que a economia não estava andando. Nós precisamos agir", declarou o ex-ministro após participar de evento em São Paulo promovido pela Câmara Americana de Comercio (Amcham).

Ele mencionou ainda que os investimentos estão muito abaixo das expectativas. Segundo o IBGE, a FBCF caiu 2% no terceiro trimestre na comparação com o segundo trimestre e 5,6% na comparação com o 3º trimestre de 2011. "São dezenas de medidas que devem ser tomadas (para acelerar o crescimento). Devemos voltar a criar um cenário de confiança. As medidas do governo vão nessa linha, mas precisamos andar mais rapidamente."

Para o ex-ministro, mesmo com o baixo crescimento econômico, a presidente Dilma Rousseff continuará batendo recordes em pesquisas de popularidade. "Os salários estão aumentando, a inflação está razoavelmente sob controle e ela está tomando medidas na área política como o ataque à corrupção."

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