Economia

Para Mantega, PIB de 2013 foi puxado pelo investimento

O ministro destacou o crescimento do setor agropecuário


	Guido Mantega: segundo ele, a expansão dos investimentos é relevante por sinalizar que a indústria e a agricultura adquiriram máquinas e equipamentos e se tornaram mais produtivos
 (Abr)

Guido Mantega: segundo ele, a expansão dos investimentos é relevante por sinalizar que a indústria e a agricultura adquiriram máquinas e equipamentos e se tornaram mais produtivos (Abr)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 13h45.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira, 27, ao comentar o resultado do PIB do ano passado, que a economia brasileira está em trajetória de aceleração gradual em relação a 2012, quando a alta foi 1%. "Estamos numa trajetória de crescimento que vai continuar em 2014", afirmou.

Para ele, a expansão do PIB em 2013 foi de qualidade porque foi puxada pelos investimentos. "Do lado da oferta, se deveu ao setor agropecuário que teve crescimento muito bom e que vai continuar em 2014", afirmou.

O ministro disse que o crescimento da indústria foi menor porque alguns segmentos dependem o mercado externo, enquanto o desempenho do setor de serviços foi bom.

Do lado da demanda, o ministro disse que o destaque é o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que subiu 6,3%. "Foi excelente o crescimento e dá qualidade para o crescimento da economia em 2013", avaliou.

Ele destacou que a expansão dos investimentos é importante porque mostra que a indústria e a agricultura adquiriram máquinas e equipamentos e se tornaram mais produtivos, com repercussão em 2014.

Em compensação, o setor externo não contribuiu para o crescimento, segundo o ministro, havendo "um vazamento externo de 0,9%", que foi apropriado pelas importações. "Se não houvesse dificuldade da economia mundial, a gente teria crescido mais, aproveitando o mercado interno e externo", afirmou.

Meta fiscal

Ainda em seus comentários sobre o PIB, Mantega afirmou que a programação orçamentária e a meta fiscal de 2014 fortalecem os fundamentos da economia porque mantêm os investimentos em crescimento e limitam os gastos com custeio. Segundo ele, estas condições aumentam a confiança e dão condições para que a inflação fique sob controle, além de permitirem um crescimento maior em 2014.

O ministro disse que o governo teve algumas surpresas em relação ao PIB do quarto trimestre de 2013, mas lembrou que, para o ano, o governo trabalhava com um previsão de alta de 2%. O investimento deve continuar em trajetória crescente em 2014, estimulado pelas concessões. "A trajetória do investimento é crescente. Mas não ouso projetar um número para 2014", afirmou. "Prefiro deixar para os analistas."

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