Economia

Para FMI, não há alternativa à austeridade

Para a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, as políticas de estímulo não eram o caminho a ser tomado, "já que isso significa mais dívida"


	Christine Lagarde: Lagarde também rejeitou a especulação de que ela poderia ser forçada a renunciar, devido a um escândalo quando era ministra das Finanças da França.
 (Brendan McDermid/Reuters)

Christine Lagarde: Lagarde também rejeitou a especulação de que ela poderia ser forçada a renunciar, devido a um escândalo quando era ministra das Finanças da França. (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 15h28.

Genebra - A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, insistiu, nesta quinta-feira, que não há alternativa para a agenda de austeridade que está sendo aplicada em toda a Europa, depois dos protestos em diversos países pelo fim dessas políticas.

"A situação está difícil," reconheceu Lagarde em entrevista à emissora pública suíça RTS, acrescentando que os países precisam, ao mesmo tempo, observar a "disciplina orçamentária", dar preferência a "elementos de crescimento" e promover "o investimento em emprego".

A entrevista foi realizada por ocasião de um simpósio em St. Gallen no nordeste da Suíça, que reúne autoridades internacionais todos os anos em uma espécie de mini-Davos.

Voltar aos déficits fora do controle não foi uma opção, disse Lagarde, acrescentando que as políticas de estímulo não eram o caminho a ser tomado, "já que isso significa mais dívida".

Os comentários dela foram feitos depois de milhares de protestos no dia do trabalho em muitos países abalados para a crise da zona do euro, pelo fim das medidas de austeridade que muitos culpam pelo crescimento estagnado e a espiral do desemprego.

Lagarde também rejeitou a especulação de que ela poderia ser forçada a renunciar, devido a um escândalo quando era ministra das Finanças da França.

"Se o FMI não especula eu não vou especular", disse.

Lagarde foi intimada a comparecer em um tribunal especial no fim de maio para responder a questões sobre a forma como lidou com uma ação que resultou no pagamento de 400 milhões de euros a Bernard Tapie, um ex-político e executivo controverso que foi preso por viciação de resultados, quando era presidente do time de futebol francês Olympique Marseille.

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