Economia

Para empresários, presidente precisa implantar reformas

Empresários esperam do candidato eleito para a Presidência uma agenda concreta de reformas estruturantes e investimentos em infraestrutura


	Laér­cio Cosentino, da Totvs: para o executivo, quem estiver no poder deverá colocar em curso fortes medidas de ajuste, como reforma tributária e ajustes nos preços do petróleo e energia
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Laér­cio Cosentino, da Totvs: para o executivo, quem estiver no poder deverá colocar em curso fortes medidas de ajuste, como reforma tributária e ajustes nos preços do petróleo e energia (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 23h33.

São Paulo - Os empresários consultados pelo Broadcast esperam do candidato eleito para a Presidência da República uma agenda concreta de reformas estruturantes e investimentos em infraestrutura. Para eles, esses são os principais pontos que devem ser atacados para o País voltar a crescer a taxas maiores que a atual, de 1,63%, segundo expectativa do mercado revelados pela pesquisa Focus de hoje.

Para o presidente da Totvs, Laércio Cosentino, quem estiver no poder em 2015 deverá colocar em curso fortes medidas de ajuste, como reforma tributária e ajustes nos preços do petróleo e da energia. De acordo com ele, o empresariado avalia no momento quais dos futuros candidatos a presidente têm mais condições de colocar em prática essas medidas. "Todo mundo está analisando e aquele que conseguir demonstrar que pode fazer o que é necessário fazer vai atrair eleitores", afirmou.

Nesse aspecto, um grande empresário que falou sob a condição de anonimato disse que a presidente Dilma Rousseff tem mais condições de desenvolver uma agenda de reformas porque ela, caso vença as eleições, estaria num segundo mandato que abriria portas para medidas menos populares, pois ela não poderia concorrer em uma disputa posterior. "Sempre acho que não combina reformas estruturantes com primeiro mandato de presidente", afirmou ao Broadcast.

Para o diretor-presidente da WEG, Harry Schmelzer Jr., o próximo governo precisa dar condições para que a indústria brasileira seja competitiva sem grandes interferências no mercado. Segundo ele, interferência governamental afeta a imagem do País no exterior e, consequentemente, afasta investimentos de empresas estrangeiras no Brasil. "O governo tem que dar condições gerais para as empresas competirem, sem interferir em setores específicos", disse.

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