Economia

Para BofA, retorno real da BR-050 será de 1,7%

Relatório mostra que Consórcio Planalto deve conseguir uma taxa interna de retorno de 1,7% e um valor presente líquido negativo no negócio


	Trecho da BR-050, em Minas Gerais: resultado do leilão indica forte competição, de acordo com analistas do Bank of America
 (Wikimedia Commons)

Trecho da BR-050, em Minas Gerais: resultado do leilão indica forte competição, de acordo com analistas do Bank of America (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 08h06.

São Paulo - Um relatório do Bank of America (BofA) Merrill Lynch mostra que, pelo lance vencedor no leilão da BR-050, realizado na quarta-feira, 18, e premissas dadas pelo governo para a concessão da rodovia, o Consórcio Planalto deve conseguir uma taxa interna de retorno (TIR) de 1,7% e um valor presente líquido (NPV) negativo no negócio.

Os analistas do banco calculam que para o consórcio chegar a uma taxa de retorno de 7,2%, que é a prevista na licitação, seria necessário um aumento de 15% no tráfego da via, além de volume de investimento 35% menor e redução de despesas operacionais em 30%.

O resultado do leilão indica, de acordo com os analistas Sara Delfim, Murilo Freiberger e Roberto Otero, forte competição e investidores não tradicionais sendo extremamente agressivos nas próximas disputas.

O relatório também detalha uma análise das propostas apresentadas pelas empresas de capital aberto no leilão da BR-050. A Triunfo ofereceu deságio de 37% sobre a tarifa básica, enquanto EcoRodovias ofertou 35,4%, a Arteris, 13,6% e a CCR, 5,1%. O BofA Merrill Lynch afirmou que a EcoRodovias vem se tornando um concorrente mais agressivo em relação à disposição de capital, tendo em vista o lance de quarta-feira e sua participação em disputas passadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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