Varejo; comércio (Andre Coelho / Correspondente/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de setembro de 2020 às 11h00.
Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 12h30.
Na primeira quinzena de agosto, 277 mil empresas reduziram a quantidade de empregados em relação à quinzena anterior, sendo que 52,6% delas diminuíram em até 25% o quadro de pessoal. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maioria das empresas em funcionamento, 86,4% delas, o equivalente a 2,7 milhões de companhias, manteve o número de funcionários na primeira quinzena de agosto em relação à quinzena anterior. Uma fatia de 8,7% indicaram demissões.
Na primeira quinzena de agosto, 48,8% das empresas em funcionamento não tiveram alteração significativa na sua capacidade de fabricar produtos ou atender clientes, mas 33,7% relataram dificuldades, enquanto 17,4% registraram facilidades.
Quanto ao acesso aos fornecedores, 42,4% não perceberam alteração significativa, mas 47,6% tiveram dificuldades.
Cerca de 44,9% das empresas em funcionamento reportaram dificuldades em realizar pagamentos de rotina na primeira quinzena de agosto, enquanto 49,7% consideraram que não houve alteração significativa.
Entre as ações adotadas para atenuar os efeitos da pandemia do novo coronavírus nos negócios, 92,9% das empresas em funcionamento declararam ter implementado ações de prevenção e manutenção de medidas extras de higiene.
Entre as empresas em funcionamento, 32,3% mantiveram funcionários em trabalho domiciliar (teletrabalho, trabalho remoto e trabalho à distância), e 15,3% anteciparam férias dos empregados.
Uma fatia de 30,6% das empresas declarou ter alterado o método de entrega de seus produtos ou serviços, enquanto 13,2% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos ou serviços na primeira quinzena de agosto.
Entre as companhias em atividade, 32% adiaram o pagamento de impostos e 10,9% conseguiram uma linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial.
Na primeira quinzena de agosto, 23% das empresas afirmaram que foram apoiadas pela autoridade governamental na adoção de medidas emergenciais contra a pandemia.
Essa percepção de apoio dos governos foi mais elevada entre as companhias que adiaram o pagamento de impostos (44,5% delas) e entre as que conseguiram linhas de crédito para o pagamento da folha salarial (62,4%).