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Apresentado por SOVOS

Pandemia acelera transformação digital na área fiscal

Reinvenção dos negócios e iminência da reforma tributária geram uma corrida das empresas para transformar custos fiscais em retorno financeiro

Compliance fiscal: empresas recorrem à tecnologia para transformar custos em retornos financeiros (Getty Images/Getty Images)

Compliance fiscal: empresas recorrem à tecnologia para transformar custos em retornos financeiros (Getty Images/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 31 de julho de 2020 às 11h50.

Última atualização em 31 de julho de 2020 às 11h51.

A chegada da covid-19 impôs uma série de desafios às empresas: lojas físicas passaram a vender online; restaurantes se renderam ao delivery; e negócios que eram locais ganharam escala nacional. A pandemia abriu horizontes e derrubou fronteiras. Mas não foi apenas na forma de vender que as empresas precisaram se transformar. Mas como se transformar num país com um dos sistemas tributários mais complexos do mundo?  Uma pesquisa recente da consultoria PwC com chief financial officers (CFOs) pelo mundo mostra que os impactos dos impostos estão entre as oito maiores preocupações dos executivos brasileiros em relação à covid-19.  

A queda da produtividade também ocupa posição de destaque no ranking. Faz sentido. Isso porque as empresas brasileiras gastam, em média, 1.900 horas por ano para pôr em dia as suas obrigações fiscais. “A legislação sofre dezenas de alterações por dia e, para acompanhá-las, não basta que as empresas criem labs e se digitalizem; é preciso que elas abracem a transformação digital de verdade”, alerta Paulo Castro, country manager da Sovos Taxweb, líder global em soluções para tratamento e compliance fiscal.

O lado bom é que, apesar de complexo, o sistema tributário brasileiro é um dos mais avançados digitalmente. Esse cenário, somado a um plano de transformação digital iniciado há pelo menos quatro anos, fez com que a RaiaDrogasil não só se adaptasse ao “novo normal” de seus clientes como também fechasse pela primeira vez um balanço trimestral com equipes trabalhando de forma remota. “Investimos muito antes da pandemia em tecnologias, soluções em nuvem e processos de robotização para atender às mais variadas obrigações fiscais nas esferas federal, estadual e municipal”, explica Ricardo Marino, diretor fiscal e regulatório da RaiaDrogasil. “Sem esse preparo, não teríamos conseguido.”

Marino tem razão. Sem a implementação de ferramentas de inteligência e soluções em nuvem personalizadas, é praticamente impossível cumprir todas as obrigações fiscais sem se expor a riscos. Somente em 2018 as empresas foram autuadas em 179,3 bilhões de reais por infrações como sonegação, evasão e não recolhimento de tributos. “A Receita Federal tem um sistema ultrassofisticado de cruzamento de dados e as companhias precisam acompanhar essa evolução não só para prevenir e antever riscos como também se beneficiar de incentivos”, destaca Castro.

O executivo chama a atenção ainda para a inércia das empresas diante da iminente aprovação da reforma tributária. “Sem essa reforma, o Brasil não vai avançar. O governo já entendeu isso. Resta agora às empresas perceberem que não há mais tempo a perder. A pandemia trouxe um aprendizado para todos nós: não deixar o que devemos fazer para a última hora. A exemplo da transformação digital, a mudança na área fiscal não é mais uma questão de escolha. Preparar-se para a reforma tributária com tecnologias que apoiem as empresas na transformação de custos fiscais em oportunidades, com foco em compliance fiscal, é uma questão de sobrevivência”, diz Castro.

E sua empresa, vai arriscar?

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