Economia

Palácio do Planalto publica “mitos e verdades” sobre Previdência

Cármen Lúcia, presidente do STF, permitiu hoje (5) que o governo voltasse a veicular peças publicitárias sobre a proposta de mudanças na aposentadoria

Michel Temer: o Planalto diz que é um mito dizer que a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria é injusta com os mais pobres, que vivem menos (Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: o Planalto diz que é um mito dizer que a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria é injusta com os mais pobres, que vivem menos (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2017 às 18h40.

O Palácio do Planalto publicou nesta quarta-feira, 5, quatro imagens contendo "mitos e verdades" sobre a reforma da Previdência em seu perfil no Twitter.

Hoje mais cedo, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, permitiu que o governo federal voltasse a veicular peças publicitárias sobre a proposta de mudanças na aposentadoria.

Nas imagens, o Planalto diz que é um mito dizer que a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria é injusta com os mais pobres, que vivem menos.

"Todas as regiões do Brasil estão atingindo níveis semelhantes de sobrevida (média de anos que uma pessoa vive após atingir a idade da aposentadoria)", diz o governo.

Hoje, o Grupo Estado publicou o Placar da Previdência, que mostra em tempo real a posição de cada um dos 513 deputados em relação à proposta do governo.

Até o momento, já são 245 parlamentares totalmente contrários ao texto, mesmo que houvesse flexibilizações.

Com essa rejeição, o governo não conseguiria hoje ter os 308 votos necessários para aprovar uma mudança constitucional.

O Planalto também diz que é mito a afirmação de que o fim de isenções fiscais previdenciárias cobriria o déficit da Previdência.

"Mesmo que fossem incluídos os valores de renúncias fiscais, como as do Simples Nacional, Microempreendedor Individual e entidades filantrópicas, o déficit ainda passaria de R$ 100 bilhões, segundo cálculos da Secretaria de Previdência."

Ainda segundo a publicação, é uma "verdade" que a reforma não prevê um regime único para todos os trabalhadores, pois continuará havendo separação entre o regime geral (INSS), que reúne os profissionais do setor privado, e os regimes próprios de servidores da União, de Estados, do Distrito Federal e dos municípios.

O Planalto também ressalta que a reforma não afetará as pessoas que já completaram as condições atuais para se aposentar.

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