Economia

País não precisa de mais concessões em aeroportos, diz BNDES

O banco avaliou que, após a concessão de seis aeroportos, o sistema aeroportuário brasileiro "já está consistente"


	Aeroporto de Viracopos, em Campinas: os seis aeroportos privatizados respondem por 46% dos passageiros do país
 (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

Aeroporto de Viracopos, em Campinas: os seis aeroportos privatizados respondem por 46% dos passageiros do país (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 14h33.

Rio - Após a concessão de seis aeroportos à iniciativa privada, tendo a Infraero como sócia minoritária, o sistema aeroportuário brasileiro "já está consistente para que não haja novas concessões", avaliou o superintendente Henrique Amarante da Costa Pinto, da Área de Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Apesar disso, ele frisou que a decisão de privatizar outros terminais é do governo. "Não quero dizer que outros aeroportos não serão privatizados, isso cabe ao governo", disse.

Segundo Costa Pinto, os seis aeroportos privatizados respondem por 46% dos passageiros do País. "Com essa fatia, há condições de melhorar a operação de forma geral", acrescentou. Além da privatização, outra vantagem do modelo, de acordo com o superintendente, é a oportunidade de promover melhorias administrativas na Infraero, a partir da gestão compartilhada dos principais aeroportos do Brasil.

"É relevante a Infraero continuar trabalhando neste setor, e há um esforço de melhorá-la administrativamente. Ela obterá recursos via dividendos, além de aprender com os outros concessionários para melhorar como gestora de aeroportos e cumprir a tarefa de administrar o restante da malha", disse Costa Pinto.

Até hoje, foram concedidos à iniciativa privada os aeroportos de Viracopos (Campinas), Guarulhos (São Paulo), Brasília, Galeão (Rio de Janeiro), Confins (Belo Horizonte) e São Gonçalo do Amarante (ASGA, na região metropolitana de Natal).

Financiamentos.

As tratativas para o financiamento de parte dos investimentos nos aeroportos do Galeão e de Confins pelo BNDES devem estar em andamento, afirmou Costa Pinto, sem precisar quanto será liberado ou quando.

Mas ele lembrou que, antes, as concessionárias devem traçar o plano de transição entre as gestões, em conjunto com a Infraero.

Além disso, ele disse que, até o momento, não estão previstos aportes do banco em aeroportos regionais, que devem contar, por sua vez, com R$ 7,3 bilhões originados do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).

Acompanhe tudo sobre:AeroportosBNDESConcessõesFinanciamento de grandes empresasPrivatizaçãoSetor de transporteTransportes

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito