Economia

Padilha diz que revisão da meta não trouxe desgaste a Meirelles

Padilha destacou ainda que a revisão da meta traduziu o que o governo já vinha falando

Eliseu Padilha: Meirelles é o condutor da política econômica do governo e teve que atuar a partir das circunstâncias, segundo o ministro. (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eliseu Padilha: Meirelles é o condutor da política econômica do governo e teve que atuar a partir das circunstâncias, segundo o ministro. (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 14h01.

Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, negou nesta quarta-feira, 16, que a revisão da meta fiscal tenha resultado em algum desgaste ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Ninguém sofreu desgaste", disse. A revisão da meta foi motivo de diversas reuniões entre o presidente Michel Temer e membros das alas política e econômica do governo e, segundo fontes, houve momentos de embates.

Segundo Padilha, Meirelles é o condutor da política econômica do governo e teve que atuar a partir das circunstâncias. "Quem é que contava com a inflação que nós vivemos? E inflação impacta diretamente na arrecadação. Nós tivemos uma queda de arrecadação muito grande e o ministro Meirelles teve uma sensibilidade para conduzir esses processo e, na minha opinião, conduziu magistralmente", afirmou, após cerimônia no Palácio do Planalto.

Na terça, ao anunciar a revisão da meta, Meirelles também tentou reforçar o discurso de que não há divisão no governo. "Fizemos um estudo na área econômica e levamos ao presidente Michel Temer, que aprovou. É uma mudança de meta técnica, dentro da realidade. Não houve derrotados nem vitoriosos", afirmou.

Padilha destacou ainda que a revisão da meta traduziu o que o governo já vinha falando. "Nós tínhamos que olhar o que era a nossa meta, que era de R$ 139 bilhões de déficit. Vimos a impossibilidade de continuar com ela e o mais correto que tinha era, com toda transparência possível, elevá-la porque era absolutamente indispensável", destacou.

O ministro da Casa Civil tentou ainda minimizar o fato de o líder do governo no Senado, Romero Jucá, ter informado os números à imprensa antes do início da coletiva da equipe econômica. "Que eu saiba, o senador Jucá não falou a meta antes que o ministro Meirelles", disse inicialmente. Mas, depois de ser informado por jornalistas sobre o ocorrido, continuou: "Ele falou quando o ministro Meirelles já estava dando publicidade ao que seria a meta", minimizou.

Ao ser questionado se Jucá ainda atuava como ministro do Planejamento, Padilha fez afagos ao correligionário. "Ele é um quadro muito qualificado na área econômica e nenhum partido gostaria de abrir mão do senador Jucá. Aliás, se nós olharmos a história recente, vamos ver que ele esteve sempre nessa condição no Senado da República".

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEliseu PadilhaHenrique MeirellesInflaçãoMinistério da Casa CivilMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Reforma Tributária será sancionada com vetos em cerimônia no Planalto nesta quinta

Haddad diz que vetos de Lula na regulamentação da Reforma Tributária serão 'questões técnicas'

Haddad: governo avalia processar criminalmente quem divulga fake news sobre o Pix

Governo vai reeditar portaria sobre prova de vida para evitar bloqueio de benefício do INSS