Economia

Pacote para energia pode ser insuficiente, diz Credit Suisse

Segundo analistas, o sucesso dependerá do preço spot futuro e do sucesso de um leilão de energia


	Vista de torres e cabos de alta tensão: as concessionárias vão ganhar ajuda financeira de R$ 12 bilhões
 (REUTERS/Paulo Santos)

Vista de torres e cabos de alta tensão: as concessionárias vão ganhar ajuda financeira de R$ 12 bilhões (REUTERS/Paulo Santos)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2014 às 10h32.

Rio - Os analistas do Credit Suisse estão receosos de que o pacote de R$ 12 bilhões para socorrer as distribuidoras pode ser insuficiente para cobrir totalmente a exposição de 3,3 mil MW médios das concessionárias no mercado de curto prazo.

"Isso dependerá do preço spot futuro e do sucesso do leilão de energia velha A-0", afirmaram os analistas da instituição financeira, Vinicius Canheu e Pedro Manfredini, em relatório a clientes.

Na quinta-feira (13), o governo anunciou um pacote para socorrer o segmento de distribuição, cujo caixa está pressionado pela exposição ao mercado spot e pelo custo das térmicas.

As concessionárias vão ganhar ajuda financeira de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões serão aportados pelo Tesouro na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e R$ 8 bilhões virão de empréstimos contratados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Além disso, será realizado um leilão A-0 em 25 de abril, com entrega da energia a partir de maio, para reduzir a exposição ao mercado spot.

"Acreditamos que o anúncio irá fornecer alívio no curto prazo para o setor, especialmente ao segmento de distribuição." Embora pareça pequeno para o tamanho do problema e careça de detalhes, os analistas destacaram que o anúncio das medidas revela que o governo federal está na direção certa ao buscar soluções para o setor e mostra preocupação em resolver a questão rapidamente.

"Além disso, o governo não se engajou em nenhuma clara interferência no funcionamento do mercado de curto prazo, como alterar a metodologia de cálculo de preço de liquidação das diferenças (PLD), e isso pode ser uma boa notícia para a estabilidade do setor e para os geradores descontratados." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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