Economia

Pacote de estímulos do Japão propõe US$4,9 bi para empesas

Novo governo vai criar projetos para impulsionar as companhias, inclusive as ajudando a comprar empresas estrangeiras


	Shinzo Abe: novo primeiro-ministro tornou prioridade máxima a revitalização da economia japonesa
 (©afp.com / Itsuo Inouye)

Shinzo Abe: novo primeiro-ministro tornou prioridade máxima a revitalização da economia japonesa (©afp.com / Itsuo Inouye)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 09h06.

Tóquio - O novo governo do Japão vai criar projetos avaliados em quase 5 bilhões de dólares para impulsionar as companhias, inclusive as ajudando a comprar empresas estrangeiras, de acordo com um pacote de estímulos que pode ser aprovado nesta semana, ao qual a Reuters teve acesso.

O primeiro-ministro Shinzo Abe tornou prioridade máxima a revitalização da economia após o Partido Liberal-Democrata vencer as eleições no mês passado, combinando uma flexibilização monetária agressiva com gastos fiscais para estimular o investimento e impulsionar o crescimento.

As promessas de gastos do novo primeiro-ministro têm levantado preocupações sobre a carga da dívida pública japonesa, que já é a pior entre as grandes economias e pode se agravar. Alguns economistas dizem que reformas estruturais podem ter um impacto maior após anos de crescimento intermitente.

O Banco de Desenvolvimento do Japão vai administrar um sistema de empréstimos de 150 bilhões de ienes (1,7 bilhão de dólares) para o desenvolvimento de novas tecnologias, de acordo com o projeto.

O pacote também terá um fundo de 200 bilhões de ienes com o Banco Japonês de Cooperação Internacional, também estatal, para incentivar e financiar empresas estrangeiras.

Os planos preveem ainda 83 bilhões de ienes em garantias de empréstimos e empréstimos a juros baixos para pequenas empresas.

Um subcomitê do partido de Abe aprovou o projeto nesta segunda-feira, e o governo pode fazê-lo ainda nesta semana.

O governo vai reservar 100 bilhões de ienes para um sistema de empréstimos com o Banco de Desenvolvimento do Japão em um orçamento extra, e o banco vai usar capital próprio para os 50 bilhões de ienes restantes, de acordo com o projeto.

O esquema de gastos do governo com o Banco Japonês de Cooperação Internacional vai totalizar 70 bilhões de ienes, enquanto empréstimos deste e de bancos privados vão responder pelos outros 130 bilhões de ienes.

Abe instruiu o ministro das Finanças a ignonar os limites de endividamento fixados pelo governo anterior, e o projeto não especifica como o pacote será financiado.

O pacote de estímulos do governo pode chegar a um total de 10 trilhões de ienes, metade destinada ao setor público, disse à Reuters no mês passado uma fonte próxima a Abe. O projeto desta segunda-feira não detalhava nenhum plano para gastos no setor público.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaImpostosIncentivos fiscaisJapãoPaíses ricos

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo