Economia

Pacheco reitera apoio ao pacote de gastos e diz ser "início de jornada de responsabilidade fiscal"

Mais cedo, Arthur Lira também fez declarações sobre o pacote anunciado por Haddad na última quarta-feira

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 13h01.

Última atualização em 29 de novembro de 2024 às 13h07.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o pacote fiscal deve ser visto como início de uma jornada de responsabilidade fiscal e reiterou a importância do apoio do Congresso Nacional às medidas. "Em política fiscal, é preciso afastar o medo da impopularidade", acrescenta na nota divulgada nesta sexta-feira, 28.

Outro tema abordado no comunicado é a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil reais, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no seu pronunciamento da última quarta-feira, 27.

"A questão de isenção de IR, embora seja um desejo de todos, não é pauta para agora e só poderá acontecer se (e somente se) tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai acontecer. Mas essa é uma discussão para frente, que vai depender muito da capacidade do Brasil de crescer e gerar riqueza, sem aumento de impostos", disse em nota.

Declaração de Lira

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que a Câmara dos Deputados fará todo o esforço necessário para contribuir com medidas de corte de gastos. "Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar", disse em publicação no X, o antigo Twitter.

As declarações dos presidentes das Casas Legislativas indicam que o pacote de fiscal será votado no Congresso ainda este ano.

Pacote de corte de gastos

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê que o pacote de medidas de corte de gastos e fortalecimento do arcabouço fiscal representará uma economia de R$ 327 bilhões até 2030 aos cofres públicos.

Entre as medidas, estão mudanças na regra de cálculo do salário mínimo, na concessão do Abono Salarial e do Bolsa Família, além de alteração na regra de aposentadoria dos militares. Algumas medidas serão enviadas ao Congresso como Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e outras como projetos de lei.

A principal medida de ajuste das contas do governo incluída no pacote será a trava nas regras de reajuste real do salário mínimo. As estimativas apontam que a economia será de R$ 110 bilhões até 2030. O governo espera que essa medida ajude a equilibrar as contas públicas ao longo dos próximos anos.

Acompanhe tudo sobre:EconomiaOrçamento federal

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor