Paulo Rabello de Castro: as saídas deles ocorreram logo após críticas feitas por Rabello de Castro à TLP (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de julho de 2017 às 20h27.
Rio - Mais um diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entregou o seu cargo na gestão de Paulo Rabello de Castro, que teve início em junho.
Ricardo Baldin, diretor da áreas de Controladoria, Gestão de Riscos e Tecnologia da Informação, é o terceiro executivo a deixar o banco desde quando Rabello de Castro assumiu.
A informação foi confirmada pelo BNDES. O banco de fomento informou que o diretor não declarou o motivo para sua saída. Mas o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que seria por divergências com o novo presidente.
Baldin entrou no BNDES em junho do ano passado, a convite da antecessora de Rabello de Castro, Maria Silvia Bastos Marques.
Há cerca de duas semanas pediram demissão do BNDES o ex-diretor das áreas financeira, de crédito e internacional Claudio Coutinho e o ex-diretor da área de Planejamento e Pesquisa Vinicius Carrasco.
As saídas deles ocorreram logo após críticas feitas por Rabello de Castro à Taxa de Longo Prazo (TLP). Ambos estavam envolvidos nas discussões sobre a criação dela.
A TLP poderá passar a ser usada em empréstimos do banco a partir de 2018.
Após o mal-estar com a equipe econômica do governo, Rabello de Castro voltou atrás e disse estar totalmente "vinculado ao projeto".
Na terça-feira, 18, assinou nota em conjunto com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, destacando pontos que justificam a criação da taxa.
O Broadcast apurou que Baldin não participava das discussões da TLP. O executivo era o responsável pelas Comissões de Apuração Interna, disse uma fonte.
Antes de entrar no banco, ele montou uma empresa de consultoria e assessoria contábil e empresarial, onde ficou até ser nomeado diretor do BNDES.
Baldin também teve passagens pelo Itaú Unibanco e na PricewaterhouseCoopers (PwC).