Economia

Otimismo dos empresários é cada vez menor, diz CNI

O empresariado está preocupado com as dificuldades de aceso ao crédito, os juros ainda elevados e o real muito valorizado

Mesmo com as reclamações, ainda são positivas as expectativas quanto à manutenção dos atuais empregos, do nível de exportação e da situação financeira das empresas (Cristiano Mariz/Getty Images)

Mesmo com as reclamações, ainda são positivas as expectativas quanto à manutenção dos atuais empregos, do nível de exportação e da situação financeira das empresas (Cristiano Mariz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 21h41.

Brasília – O otimismo entre os empresários industriais é “cada vez mais restrito”, avaliou o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Marcelo Azevedo durante a apresentação da Sondagem Industrial que analisa a tendência e a opinião de empregadores de 27 setores.

Há razões estruturais e conjunturais para o pessimismo dos empresários. Em termos conjunturais, preocupa as dificuldades de aceso ao crédito, os juros ainda elevados e o real muito valorizado. Apesar da queda verificada desde agosto na cotação do dólar, para a CNI, o câmbio continua muito apreciado. “Até agora, [a queda do real frente ao dólar] não teve efeito na curva de valorização [da moeda norte-americana] que vem desde 2004”, disse Renato da Fonseca, gerente executivo de Pesquisa da CNI.

Entre os problemas estruturais, os empresários queixam-se da elevada carga tributária. Segundo a sondagem, a queixa contra a carga de impostos, taxas e contribuições é maior entre os pequenos empresários (66,7 pontos) do que entre os grandes (50,8 pontos).

Mesmo com as reclamações, ainda são positivas as expectativas quanto à manutenção dos atuais empregos, do nível de exportação e da situação financeira das empresas.

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