São Paulo - A inteligência artificial e os robôs vão destruir mais empregos do que criar até 2025?
Em uma pesquisa com 1.896 experts em tecnologia, 48% disseram que sim - e que isso levará a aumento da desigualdade, desemprego em massa e distúrbios sociais.
"Os empregos que sobrarem serão de pior remuneração e menos seguros do que os existentes agora. O "meio" está se movendo para o fundo", diz Justin Reich, do Berkman Center da Universidade de Harvard.
52% acham que não. Seu argumento é que por mais que alguns empregos sejam substituídos, outros diferentes serão criados, assim como aconteceu em outros períodos.
"Historicamente, a tecnologia criou mais empregos do que destruiu e não há razão para pensar de outra forma nesse caso. Alguém precisa fazer e servir a todos estes dispositivos", diz Vint Cerf, vice-presidente e "evangelista-chefe" do Google.
O levantamento foi feito pelo centro de pesquisa independente americano Pew Research Center como parte das comemorações de 25 anos da internet.
Um estudo da Universidade de Oxford prevê que praticamente metade dos empregos nos Estados Unidos e na União Europeia podem se tornar obsoletos no espaço de 10 a 20 anos.
Futuro
Em uma coisa, todos concordam: a robótica e a inteligência artificial devem ocupar um espaço cada vez maior na vida cotidiana até 2025 e isso vai mexer profundamente com segmentos como saúde, transporte e atendimento ao consumidor.
Escritor de ciência do New York Times, John Markoff acredita que "na próxima década, a era da computação onipresente vai entrar em pleno vigor. Os computadores vão 'desaparecer' e objetos ordinários se tornarão 'mágicos'"
Também há um consenso de que o próprio conceito de "trabalho" será radicalmente modificado, e que nossas instituições públicas - e principalmente nossa educação - não estão preparadas para esse futuro.
"O que deveríamos ensinar às pessoas quando elas podem acessar a totalidade do conhecimento humano o tempo todo?", se pergunta Hal Varian, economista-chefe do Google.
Alguns experts lembram que fatores políticos e sociológicos podem interferir no ritmo de eliminação de empregos, enquanto outros acreditam que a adoção de novas tecnologias não vai acontecer em um ritmo tão acelerado assim.
O debate sobre o impacto da tecnologia na economia esquentou recentemente com a publicação de livros que afirmam que estamos à beira de uma nova revolução industrial e que uma nova sociedade de custo marginal zero trará o fim do capitalismo.
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1. Garçons
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1/20 (REUTERS/Sheng Li)
Em Harbin, no norte da China, um restaurante tem graçons de várias cores, como azul e verde-limão. São todos robôs. São capazes de reproduzir até 10 expressões faciais diferentes e de receber clientes com diversas frases de boas-vindas. Além dos garçons, a equipe conta com cozinheiros e lavadores de louças
robôs.
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2. Motoristas
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2/20 (Divulgação/Divulgação)
Automóveis autônomos -- capazes de se autoguiar graças a um conjunto de câmeras e sensores e a um potente computador de bordo -- estão em fase experimental. Mas vão se tornar comuns dentro de alguns anos. O Google é uma das empresas que vêm desenvolvendo esses veículos. Um estudo mostrou que
eles se saem melhor nas ruas que os carros normais.
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3. Músicos
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3/20 (Divulgação)
A
Z-Machine é uma banda diferente. Ashura, o baterista, consegue tocar com 21 baquetas ao mesmo tempo e é quatro vezes mais veloz que qualquer humano. Além de tocar teclado, Cosmo solta raios laser pelos olhos. E Mach, o guitarrista cabeludo, tem 78 dedos e toca com 12 palhetas. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tóquio, o grupo fez sua estreia numa feira de tecnologia no Japão.
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4. Marinheiros
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4/20 (Divulgação/Rolls-Royce)
Popeye e seus colegas de profissão que se cuidem. Recentemente, a
Rolls-Royce anunciou um projeto de navios não-tripulados que pode extinguir a profissão. Com câmeras em diversos pontos, as embarcações seriam monitoradas à distâncias por grupos quatro vezes menores que as atuais tripulações. Por enquanto, a proposta ainda não pode ser posta em prática por conta da legislação vigente.
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5. Enfermeiros
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5/20 (Divulgação)
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6. Estoquistas
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6/20 (Reprodução)
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7. Tenistas de mesa
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7/20 (Divulgação)
Em 11 de março, o campeão alemão de tênis de mesa Timo Boll joga contra Agilus, robô da empresa alemã Kuka considerado o mais rápido do mundo. Transmitido pela internet, o jogo acontece na China e pretende divulgar a primeira fábrica da companhia europeia no país -
onde o esporte é bastante popular.
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8. Jogadores de futebol
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8/20 (AFP)
Em junho, seleções de todo o mundo vêm ao Brasil disputar a Copa do Mundo de futebol. Um mês depois, a cidade paraibana de João Pessoa vai abrigar um torneio parecido - mas só de robôs. Batizado
Robocup, o campeonato anual é realizado desde 1997 e, no ano passado, reuniu 410 times em várias categorias. Ao todo,
participaram da disputa mais de 2 mil pessoas.
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9. Médicos
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9/20 (Getty Images)
Em São Paulo, o Instituto do Câncer conta, desde fevreiro, com uma nova ferramenta para cirurgias: um robô.
A máquina entrou em ação pela primeira vez no último dia 7 e deve operar 500 pessoas nos próximos três anos. Por enquanto, o robô funciona como mero auxiliar para um médico humano. Mas, no futuro, cirurgiões robóticos poderão ter mais autonomia.
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10. Faxineiros
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10/20 (Divulgação)
Quem tem cachorro, gato ou outros bichos em casa sabe o quanto é complicado manter tudo sempre limpinho. Pensando nisso, os engenheiros da empresa iRobot desenvolveram a linha de robôs aspiradores Roomba. Eles percorrem sozinhos o ambiente, aspirando partículas de pó e sujeira.
A máquina pode ser programada para entrar em ação sozinha.
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11. Dançarinos
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11/20 (Reprodução/Exame.com)
Aos acordes do refrão de Gangnam Style, hit do cantor sul-coreano PSY, Charli-2 é capaz de reproduzir a clássica coreografia do "cavalinho". Com 1,41 metro de altura e 12 quilos, o dançarino desenvolvido por cientistas da Universidade Virgina Tech pode caminhar a uma velocidade de 1,4 quilômetro por hora, dar chutes e jogar os bracinhos para o alto com muito suíngue. Como se vê,
o simpático robô é mais que um mero dançarino.
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12. Policiais
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12/20 (Divulgação / Sony Pictures Entertainment / Agência Febre)
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13. Bancários
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13/20 (Cauã Taborda/Info Online)
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14. Apresentadores
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14/20 (Koichi Kamoshida/ Getty Images)
Carisma, simpatia e entusiasmo são características indispensáveis ao bom apresentador de eventos. E os três aspectos não faltaram à dupla Mirata e Kirobo, que apresentou a candidatura de Tóquio a sede dos Jogos Olímpicos de 2020 no ano passado. Na ocasião, Mirata arriscou golpes de esgrima e Kirobo mandou lembranças do espaço -- onde se encontrava.
Os dois robôs foram desenvolvidos pela Universidade de Tóquio.
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15. Babás
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15/20 (Reprodução)
Aconteceu em Nova York. Cansado de ter de levar o filho até o ônibus escolar, o editor da revista IEEE Spectrum Paul Wallich resolveu o problema com uma babá eletrônica voadora. O drone acompanha, do alto, o menino no trajeto de 400 metros entre sua casa e o ônibus. Equipado com bússola e um pequeno GPS,
o robô é monitorado via smartphone pelo pai preguiçoso.
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16. Cinegrafistas
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16/20 (Divulgação)
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17. Arqueólogos
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17/20 (Ronaldo Schemidt/AFP)
Três câmaras subterrâneas foram localizadas no Templo da Serpente Emplumada em Teotihuacan, cidade pré-colombiana nas cercanias da Cidade do México. A descoberta foi feita pelo robô
Tláloc II-TC, que percorreu os 20 metros de um túnel sem se incomodar com a poeira. Tláloc é comandado por humanos. Mas isso é só o começo. Com o tempo, robôs assim deverão tomar cada vez mais decisões por conta própria.
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18. Entregadores
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18/20 (Amazon)
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19. Jornalistas
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19/20 (Getty Images)
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20. Agora, veja 10 máquinas que estão expandindo os limites da robótica:
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20/20 (NASA)