São Paulo - Em um mundo assombrado pelas
mudanças climáticas e de pressão crescente sobre os recursos naturais, a busca pela eficiência energética deve ser regra. Apesar de possuir uma das tarifas mais caras de
energia e uma fonte abundante e renovável, como as hidrelétricas, o
Brasil não aproveita bem a energia que tem. Esta é a conclusão de um estudo do
Conselho Americano para uma Economia de Energia Eficiente (Aceee), divulgado nesta quinta-feira (17). O país ocupa a 15ª posição do ranking que avaliou a eficiência energética entre 16 importantes economias do mundo. Ganhamos apenas do México. A Alemanha lidera a lista. Segundo o estudo, um país que usa menos energia para atingir um mesmo resultado, ou mesmo superá-lo, reduz custos e polui menos, criando uma economia mais competitiva. O levantamento avaliou o uso de energia a partir de 31 indicadores, distribuídos em quatro áreas-chave: indústria, transporte, edificações e esforços nacionais em prol da eficiência energética. Ao todo, o Brasil atingiu 30 pontos de um total de 100 possíveis. No quesito “esforços nacionais”, o Brasil fez 4 pontos de 25 possíveis. Foram avaliados, por exemplo, esforços para criação de legislações ou políticas nacionais que estimulem o uso mais racional de energia. Eficiência energética nas indústrias preocupa ainda mais – o país fez 2 de 25 pontos totais. Em “edificações”, outro setor que pressiona os recursos energéticos nos países, o Brasil somou 10 de 25 pontos possíveis. Foram levados em conta os códigos de construção e padrões de eficiência energética adotados, por exemplo, nos equipamentos usados. Apenas no transporte, o país atingiu mais da metade da pontuação possível (14 de 25). O uso de etanol pela frota automotiva ajuda a melhorar o desempenho nesse quesito.