Vista de Fuzhou, na China: país é destaque em inovação (iStock/Thinkstock)
João Pedro Caleiro
Publicado em 11 de julho de 2018 às 06h00.
Última atualização em 11 de julho de 2018 às 06h00.
São Paulo - Pela primeira vez, a China ficou entre os 20 primeiros lugares em um ranking de inovação com 126 países.
O Índice Global de Inovação (IGI) é publicado anualmente desde 2007 pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
"A China tem subido e continuará a subir", disse Francis Gurry, diretor-geral da OMPI, na conferência de lançamento.
Foram analisados 7 pilares da inovação com um total de 80 indicadores. A China é líder em patentes, publicações científicas e trabalhadores da ciência e tecnologia.
"É muito difícil um país copiar o outro, mas o que podemos aprender com a China é a necessidade de ter uma estratégia muito clara de desenvolvimento, especialmente em ramos como educação universitária e investimento em pesquisa", diz Soumitra Dutta, professor de Cornell e um dos responsáveis pelo estudo, para EXAME.
Na mesma categoria de renda da China, há apenas dois outros países se aproximando do top 20: a Malásia na 35ª posição e a Bulgária na 37ª posição.
Mas outros também mostram uma trajetória claramente ascendente, como Índia, Irã, Tailândia e Vietnã. Já Israel subiu 6 degraus em um ano e ficou na 11ª posição.
Na América Latina, o país mais bem classificado é o Chile, no 47º lugar, com destaque para fatores como qualidade regulatória, matrículas no ensino superior e acesso a crédito. Costa Rica é a 2ª mais bem colocada na região e o México é 3º.
A África do Sul está na nossa frente e é a melhor colocada do continente africano, na 58ª posição.
11 das 20 economias mais inovadoras do planeta são europeias, incluindo as três primeiras. O primeiro lugar do ranking geral ficou com a Suíça pela oitavo ano consecutivo.
O país é o primeiro colocado em diversos indicadores de patentes, é o segundo em produção industrial de alta e média-alta tecnologia e está entre os líderes globais em despesas com pesquisa e desenvolvimento e em qualidade de universidades locais.