Economia

Os 16 maiores obstáculos para fazer negócios no Brasil

As restrições trabalhistas foram da 6ª para a 3ª posição, enquanto regulação dos impostos caiu do 3º para o 7º, segundo pesquisa do Fórum Econômico Mundial

Investimento: fazer um caminho, continuar, superar obstáculos (Foto/Thinkstock)

Investimento: fazer um caminho, continuar, superar obstáculos (Foto/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 1 de outubro de 2017 às 08h00.

Última atualização em 1 de outubro de 2017 às 08h00.

São Paulo - O nível dos impostos continua sendo a maior dificuldade para fazer negócios no Brasil, de acordo com a última edição do relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial.

A corrupção pulou do 3º para o 2º lugar na comparação com a pesquisa anterior, o que não surpreende considerando que o Brasil ficou em último lugar mundial em confiança na classe política.

As restrições trabalhistas foram da 6ª para a 3ª posição, enquanto a regulação dos impostos caiu do 3º para o 7º degrau.

O resultado é fruto de uma pesquisa de opinião respondida por cerca de 200 executivos, gestores e investidores locais.

Combinado com outros dados estatísticos, ela forma um ranking geral que mede a competitividade de 132 países em 12 pilares.

O Brasil parou de cair no ranking geral pela primeira vez desde 2012 e ganhou uma posição, subindo de 81º para 80º lugar mundial.

Como a pesquisa foi feita em 2016, ainda não captura a aprovação de reformas nem os sinais de retomada da atividade econômica, mas já trazem mudanças de percepção relacionadas ao pós-impeachment e às investigações contra a corrupção.

O país avançou 11 países no pilar de Instituições, apesar de ainda estar entre os lugares mais baixos no mundo, e teve uma pequena recuperação relativa em ambiente macroeconômico.

Veja os 16 piores fatores para fazer negócios no Brasil atualmente, na ordem e com a nota de cada um, segundo a pesquisa com executivos:

1. Nível de impostos (18,6)

2. Regulações restritivas de trabalho (12,5)

3. Corrupção (12,3)

4. Burocracia ineficiente do governo (12)

5. Oferta inadequada de infraestrutura (10,4)

6. Instabilidade de políticas (7,4)

7. Complexidade das regulações de impostos (5,4)

8. Acesso a financiamento (5,2)

9. Instabilidade de políticas/golpes (4,2)

10. Força de trabalho com educação inadequada (4)

11. Inflação (2,1)

12. Crime e roubo (1,9)

13. Capacidade insuficiente de inovar (1,8)

14. Ética de trabalho fraca na força de trabalho (1,1)

15. Saúde pública fraca (1,1)

16. Regulações de moeda estrangeira (0,2)

Acompanhe tudo sobre:CompetitividadeExecutivosExecutivos brasileirosFórum Econômico MundialImpostos

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor