São Paulo – O mundo consumiu, em média, 89,7 milhões de barris de
petróleo por dia em 2012. Metade disso atendeu à demanda dos 15 maiores importadores do óleo. A lista, baseada em dados da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), é encabeçada pelos
Estados Unidos, que dependem da importação para atender 40% de seu consumo. Mas isso está perto de mudar. A revolução do
xisto pode fazer o país atingir sua independência energética até 2035, pelas previsões da Agência Internacional de
Energia e da petrolífera BP. Dentro de seis anos
, a expectativa é que a importação de petróleo caia 50%. Além de deixar a lista de importadores, o país pode tornar-se um exportador de petróleo bruto. Em face do boom na produção interna, aumentam as pressões para que o Congresso americano elimine as restrições às vendas externas, adotadas há 40 anos, para proteger o mercado doméstico da volatilidade dos preços dos combustíveis, em resposta à crise do petróleo. Hoje, os EUA exportam apenas óleo refinado, na forma de combustíveis e outros produtos. A exceção à regra é a exportação de petróleo bruto para o Canadá.