Internações são o item que mais pesa no total de despesas assistenciais das operadoras (Michele Tantussi/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2014 às 13h35.
São Paulo - As operadoras médicas tiveram crescimento de despesas assistenciais superior à alta de receitas no primeiro trimestre de 2014, destacou estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) feito com base nas informações mais recentes disponibilizadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS).
No total, as operadoras faturaram R$ 28,6 bilhões no primeiro trimestre de 2014, 13,4% a mais do que no primeiro trimestre do ano anterior, mas gastaram R$ 23,2 bilhões com as despesas assistenciais, 14,5% a mais do que no mesmo período de 2013.
De acordo com a série histórica desde o primeiro trimestre de 2003 a despesa assistencial das operadoras com cada beneficiário de planos de saúde cresceu 230,5%, saltando de R$ 46,30 para R$ 153 no primeiro trimestre deste ano.
A comparação considera os valores nominais, sem descontar a inflação do período, que foi de 65% de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O estudo pondera que o gasto dos beneficiários com as mensalidades de planos de saúde também subiram desde 2003, ainda assim numa proporção menor. O gasto médio do beneficiário avançou 214,3% no mesmo período, saindo de R$ 60 para os atuais R$ 188,60.
Internações
O IESS ainda fez um levantamento sobre o item que mais pesa no total de despesas assistenciais das operadoras, que são as internações. De acordo com a pesquisa, cada internação em hospitais nos planos de saúde coletivos (empresarial ou por adesão) custou, em média, R$ 6,7 mil para as operadoras de planos de saúde em 2013, avanço de 23,1% em relação ao ano anterior.
Já nos planos individuais, o gasto médio com internação hospitalar de beneficiários foi maior, de R$ 7 mil, um incremento de 30,8% na comparação entre 2013 e o ano anterior.