Petróleo: Opep revisou nesta quinta-feira sua previsão para o crescimento da oferta de seus rivais em 2018 em quase três vezes mais (Edgar Su/File Photo/Reuters)
Reuters
Publicado em 12 de abril de 2018 às 09h02.
Londres - A Opep revisou nesta quinta-feira sua previsão para o crescimento da oferta de seus rivais em 2018 em quase três vezes mais do que sua projeção revisada de crescimento global de demanda de petróleo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo afirmou que o crescimento da oferta de petróleo de fora da Opep deve aumentar em mais 80 mil barris por dia (bpd) este ano, para 1,71 milhão de bpd, impulsionado em grande parte pelo aumento acima do esperado, no primeiro trimestre, nos Estados Unidos e na antiga União Soviética.
Ao mesmo tempo, a organização aumentou sua previsão para demanda global de petróleo este ano em 30 mil bpd para 1,63 milhão de bpd.
"Isso reflete principalmente o momento positivo nos países da OCDE no 1T18 com base em dados melhores do que os esperados, e suportados pelo desenvolvimento de atividades industriais, pelo frio mais forte que o antecipado e firmes atividades de mineração nas Américas e Ásia Pacífico", disse em seu relatório mensal de mercado.
O grupo de 14 produtores com sede em Viena disse que a produção coletiva de acordo com fontes secundárias caiu em 201 mil bpd, para 31,96 milhões de bpd em março, ante fevereiro, com declínios em Angola, Argélia, Venezuela, Arábia Saudita e Líbia.
A produção nos Emirados Árabes Unidos registrou o maior aumento mês a mês, de acordo com as fontes secundárias, subindo cerca de 45 mil bpd em março, para 2,.86 milhões bpd.
O líder da Opep, Arábia Saudita, disse ao grupo que bombeou 9,907 milhões de bpd em março, 28 mil bpd abaixo do nível de fevereiro.
A Venezuela informou produção de 1,509 milhão de bpd em março, 77 mil bpd abaixo do nível informado em fevereiro.
A Opep, a Rússia e vários outros produtores de fora do grupo começaram a cortar oferta em janeiro de 2017, em um esforço para reduzir um excesso global de petróleo bruto que se acumulou desde 2014.
O pacto vai até o final do ano, e a Opep se reúne em Viena em junho para decidir sobre seu próximo passo neste movimento.