Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu nesta quinta-feira manter inalterado o seu teto de produção, apesar da maior queda nos preços de petróleo bruto registrada desde 2010.
"Não haverá corte da produção", afirmou o ministro do Kuwait, Ali Saleh al-Omair, ao fim de uma reunião dos membros da Opep marcada por divergências.
O teto de produção do cartel permanecerá em 30 milhões de barris diários (mbd) até a próxima reunião.
Após a decisão da Opep, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro foi negociada a 74,36 dólares enquanto o "light sweet crude" (WTI) para entrega no mesmo prazo chegou aos 70,87 dólares.
A queda dos preços do petróleo tem aprofundado os problemas econômicos de países-membros do cartel, como Venezuela, Equador e Nigéria, entre otros.
O chanceler venezuelano Rafael Ramírez, que representa seu país na Opep, defendeu em Viena a necessidade de reduzir a produção. Na saída da reunião, o ex-presidente da estatal petrolífera PVDSA, generalmente muito simpático, foi visto irritado e se recusou a falar com os jornalistas.
*Atualizada às 14h21 do dia 27/11/2014
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1. Tabuleiro negro
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São Paulo – Não, o Brasil não está nesta lista — ainda. Pelas previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), com os recursos do
pré-sal, o país deverá se tornar o sexto maior exportador mundial de
petróleo no mundo, dentro de duas décadas. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), já em 2022, as exportações brasileiras chegarão à casa de 1,5 milhão de barris/dia de petróleo. Mas o tabuleiro da exportação do ouro negro, compilado com base em dados da
Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), pode balançar antes. O motivo é o boom de xisto nos Estados Unidos. Com produção em ritmo nunca antes visto, o país estuda eliminar limitações às vendas de petróleo bruto, adotadas como medida de proteção em meados da década de 70, durante a crise do óleo. Além de deixar o posto de
maior importador mundial, o país pode pular para o outro lado, e se tornar um importante exportador de petróleo. Veja a seguir os países que podem ver seu império ameaçado, por perder um grande comprador, e, quiçá, ganhar um adversário.
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2. 1 - Arábia Saudita
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3. 2 - Rússia
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4. 3 - Emirados Árabes Unidos
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5. 4 - Kuwait
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6. 5 - Nigéria
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7. 6 - Iraque
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8. 8 - Catar
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9. 9 - Angola
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10. 10 - Venezuela
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11. 11 - Noruega
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12. 12 - Canadá
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13. 13 - Argélia
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14. 14 - Cazaquistão
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15. 15 - Líbia
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16. Mudanças à vista?
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